Do prato para o guardanapo

Pátios de food truck aumentam cada vez mais na capital paulista

 

food-truckA gastronomia de rua tem feito a cabeça dos brasileiros. Na contramão da crise, os chamados food trucks – carrinhos de comida – oferecem refeições rápidas e de qualidade, que garantem sucesso e faturamento. A nova forma de comer fora de casa foi muito bem aceita pelos consumidores, gerando uma explosão de novos negócios e a disputa por um mercado que já é bastante concorrido, apenas aumentou.

Seiki Nagao, dono do Pirata Food Truck, diz que optou por esse tipo de negócio ao sair de Minas Gerais e decidiu arriscar o novo mercado em São Paulo. Na época, precisou entender como esse comércio funcionava para que pudesse se destacar no meio. Hoje em dia, a equipe já possui dois trucks, sendo que um deles está em um ponto fixo e o outro se desloca para participar de eventos.

A procura de proprietários por gastronomia de rua tem crescido muito devido à crise econômica que o Brasil enfrenta. Livia, responsável pela comunicação do Thaitai Brasil, conta que “o investimento na estrutura de um truck é menor do que a de um prédio onde haverá aluguel, construção, mobiliário. A equipe de funcionários e o valor dos alimentos também tendem a ser reduzidos”. Isso leva a menores preços nos cardápios, os quais se tornam atrativos aos consumidores.

Com o recente crescimento dos negócios de rua, acreditava-se que as lanchonetes e hamburguerias acabariam sendo muito prejudicadas, mesmo que nenhum Food Truck vá estacionar na frente de um estabelecimento desses, eles se tornariam concorrentes indiretos, juntamente com outros restaurantes, dividindo e trazendo mais opções ao público.

Não é o que diz Rogério Bernal, dono da hamburgueria New Yorker, “não trazem (concorrência), são mercados diferentes”. No início da popularição houve uma preocupação e até a ideia de muitos proprietários em se inserir nessa situação, mas como se trata de uma proposta diferente do que já tinham, em um mercado que apesar de novo, estava saturado, “era melhor continuarmos onde estamos, nesse tipo de negócio apenas os melhores sobrevivem e se ainda estamos aqui, para que mudar? ”, concluiu Rogério.

Donos de renomados restaurantes também se sentiram tentados a investir nesta nova área, para Luís Américo, dono do Baby Beef Jardim “o Food Truck só agrega, ele traz uma opção a mais para o consumidor”, de acordo com ele se popularizou um novo método, um estilo americano, uma forma mais rápida de servir comida para o cliente, inclusive grandes mestres da gastronomia brasileira buscam entrar na área “uma vez conversando com Alex Atala, ele me disse estar buscado muito por alternativas com parceiros para entrar nessa área de Food Trucks”.

Mas Nagao alerta os que se arriscam nessa área. Para atuar, o proprietário deve estar atento às normas envolvidas. É necessário apresentar CNPJ, inscrição e fazer nota fiscal paulista. Dessa forma, é possível comercializar dentro das leis e obter os lucros provenientes de um tipo de comércio que tende a continuar crescendo e gerando bons frutos que se calculados podem chegar a cerca de R$160.000,00 por mês.

Participação de:

Amanda Nascimento

André Arruda

Barbara Pereira

Fernando De Amicis

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