Festa no Céu

Animação com foco na cultura mexicana traz a morte como tema

 

Trazendo a tona um dos maiores clichês da história do cinema, o triângulo amoroso, “Festa no Céu” é uma animação voltada para o público infantil que foca em explicar e suavizar a morte, abusando da colorida cultura mexicana e do famoso feriado de Dia dos Mortos.

O primeiro longa do animador mexicano Jorge R. Gutierrez, e com produção de Guilherme Del Toro, explora muito bem o tema intenso da vida e morte contando a história do “Livro da Vida” a algumas crianças bagunceiras que, como castigo, tiveram de ir visitar um museu. Nesse livro, há todas as histórias do mundo e Catrina, funcionária do museu, narra a aventura de Maria, Manolo e Joaquim, três amigos que servem de aposta para os deuses La Muerte, que governa a Terra dos Lembrados, e seu ex-marido trapaceiro, Xibalba, que governa a triste Terra dos Esquecidos.

La Muerte aposta que Maria se casará com o sensível músico Manolo e se ganhar, Xibalba jamais poderá se intrometer na Terra dos Vivos novamente. Caso Maria se case com o bravo Joaquim, Xibalba ganha e passa a governar a Terra dos Lembrados.

Com uma jornada entre os três mundos pelo amor de Maria, Manolo e Joaquim embarcam em confrontos com o deus Xibalba além de inimigos da Terra dos Vivos, contando com a ajuda de ancestrais, amigos e até da própria Maria.

“Festa no Céu” ainda impressiona com sua fotografia inexplicável de cores e efeitos. A alegre Terra dos Lembrados é ornamentada de velas, luzes e muita festa. Outro ponto marcante no longa é sua trilha sonora. Apesar de ter parte de suas músicas traduzidas na versão dublada, a animação conta com “Creep” da banda Radiohead e “I Will Wait” de Mumford and Sounds, tudo adaptado e mesclado com maestria à cultura do México.

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