Lázaro Ramos impacta com sua presença no 50° Café Acadêmico

Foto: Reprodução

O ator emocionou a todos com sua visão acerca de empoderamento, cinema, sociedade e política

A 50° edição do Café Acadêmico recebeu o ator Lázaro Ramos que, através de seu entusiasmo e carisma, animou o público e deixou todos à vontade durante o bate papo. O convidado afirmou que o evento promovido pela ECA Júnior era uma rara oportunidade de juntar jovens interessados que pensavam em mudanças através da comunicação e da arte. “Quando eu falo em comunicação, eu quero falar sobre narrativas, novas narrativas, novas maneiras de contar o mundo”, iniciou o ator.

Lázaro Ramos
Foto: Beatriz Borges

Durante a conversa, Lázaro contou sobre sua trajetória como ator que teve início quando tinha apenas 10 anos, e sobre as dificuldades que enfrentou por ser negro, mas que não o fizeram desistir por todo amor que sente em atuar. “A arte me salvou, por isso eu sempre falo: seu lugar é onde você sonhar estar”, declarou ele.

Quando questionado a respeito do racismo e do protagonismo negro na televisão, demonstrou positividade em relação ao futuro e também aclamou as conquistas que os negros já fizeram em meio a toda dificuldade que enfrentaram e ainda enfrentam. “Todo mundo faz parte do problema e da solução, por isso o empoderamento precisa ir além da estética”, afirmou.

O ator também se mostrou otimista em relação ao futuro do cinema brasileiro e da literatura, que é um dos meios em que está começando a atuar, já aproveitando pra citar que o lançamento de seus livros está próximo. Quando abordou sobre os próprios livros, comentou que a escrita seria variada, não necessariamente sobre negros. “Infelizmente a maioria da escrita negra são para os negros e não para o ser humano em geral”.

Lázaro aproveitou para citar sobre sua impactante atuação como Madame Satã, que retrata a história de João Francisco do Santos – negro, pobre, homossexual, artista, presidiário e pai adotivo de sete filhos. Ao falar sobre o filme, o ator não guardou a emoção e disse que foi um dos personagens mais importantes de sua carreira. “Madame Satã é uma história de amor intenso, de aceitação e de como o corpo é usado muitas vezes como a única arma de sobrevivência”, encerrou o ator.

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