Nerve, um jogo sem regras

Longa mistura romance adolescente com o universo dos games

A combinação de tecnologia e romance funciona muito bem no longa metragem de Ariel Schulman e Henry Joost. Estrelado por Emma Roberts e Dave Franco, a história se baseia em um jogo de “Verdade ou Desafio” online. Vee (Emma Roberts), após ser desafiada por sua melhor amiga, resolve entrar para o jogo como jogadora, aceitando os desafios propostos pela outra parcela de participantes, os observadores, que assistem a cada ação do outro lado da tela.

Logo no primeiro desafio, Vee conhece Ian (Dave Franco), um jogador mais experiente de Nerve. Com ele, experimenta diversas situações em que são levados ao extremo da adrenalina, e até do perigo, tudo em nome do jogo, completando a equação adolescente com romance.

A crítica do filme é nítida. Um casal que é posto à prova movidos por um jogo online, onde pessoas protegidas pelo anonimato, lançam desafios que gostariam de ter a ousadia de cumprir. Junto à isso, o perigo de ter a vida controlada pela tecnologia e a perda de privacidade são pontos importantíssimos no desenrolar da trama.

A fotografia do filme remete também, diretamente, à esse universo virtual. Luzes neon e vozes robotizadas estão presentes a cada cena, aproximando o telespectador dessa realidade.

Apesar do enredo bem construído, alguns pontos foram mal trabalhados. A participação da mãe de Vee, por exemplo, é dispensável, uma vez que ela não assume nenhuma importância na resolução da trama. O ambiente da dark web é outro ponto que não teve desenvolvimento suficiente, chegando até a minimizar o peso da temática e deixando breve qualquer assunto mais complexo durante o longa.

O filme, que está sendo exibido em 322 salas de cinema, ficou em sexto lugar nas bilheterias brasileiras, arrecadando R$1.8 mi em uma semana de exibição.

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