O primeiro passo

Acordo definitivo de paz traz alívio e esperança à população após 50 anos

Depois de quase quatro anos de diálogos, os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo da Colômbia anunciaram essa semana que chegaram a um acordo de paz definitivo para o conflito armado de mais de 50 anos no país.

O acordo, que foi baseado em quatro princípios (o cessar fogo de ambos os lados, o desarmamento das Farc, as garantias de segurança e luta contra organizações criminosas responsáveis por homicídios e massacres ou que ameacem defensores dos direitos humanos e movimentos sociais e políticos e o combate a condutas que prejudiquem a construção da paz), foi oficializado em Havana, que sedia as negociações, em uma cerimônia com a presença do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o chefe das Farc, Timoleón Jiménez, conhecido como “Timochenko”.

Outras autoridades também participaram do ato na capital cubana, entre elas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os presidentes de Cuba, Raúl Castro, do Chile, Michelle Bachelet, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Esse acordo se tornou histórico pois os números do conflito na Colômbia, durante esse tempo, são assustadores. Foram mais de 200 mil mortos, 45 mil desaparecidos e quase 6,9 milhões de pessoas obrigadas a deixarem os locais onde viviam. Um acordo de paz é o primeiro passo para o início de uma vida que muitos desejam, sem guerra, sem combates, sem lutas, sem miséria, sem feridos, sem mortos.

Agora, de acordo com o presidente Juan Manuel Santos, o acordo deve ser aprovado pela população colombiana, a qual votará em plebiscito no dia 2 de outubro.

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