Os abusos de Provolo

Entenda o caso das crianças surdas estupradas por padres na Argentina

As crianças do Instituto Provolo, em Mendoza, Argentina, viveram um verdadeiro pesadelo nas mãos de dois padres e uma freira que ali trabalhavam. Durante anos, elas foram abusadas sexualmente, sendo estupradas e obrigadas a praticar sexo oral. As vítimas eram crianças deficientes auditivas e tinham entre 10 e 12 anos.

Nícolas Corradi, de 82 anos, e Horacio Corbacho, de 56, eram padres no Instituto e cometiam os abusos contra as crianças. A freira Kosaka Kumiko auxiliava no processo, testando meninas e meninos para encontrar os mais vulneráveis para os padres abusarem. Os que resistiam, se salvavam. Em um dos casos mais chocantes, Kumiko chegou a colocar uma fralda em uma menina para conter a hemorragia resultante do estupro.

Os abusos aconteciam em um sótão do local, o qual chamavam de “a casinha de Deus”, onde a polícia encontrou correntes e material pornográfico. Em dezembro de 2016, o centro foi fechado. Os pais da criança não tinham conhecimento dos abusos, principalmente pela origem simples e pela fraca comunicação com as crianças surdas. As vítimas continuam aparecendo conforme o assunto torna-se recorrente na mídia. Cerca de vinte crianças já se manifestaram para denunciar os agressores e procuraram a ajuda de um advogado para representá-las em um processo.

A Igreja tem uma enorme responsabilidade no caso. O padre Corradi já havia sido denunciado diversas vezes, mas a Instituição apenas mudava-o de cidade ou país, trazendo mais vítimas para o abusador. Somente na Argentina, há mais de 60 padres denunciados por abusos nos últimos 15 anos.

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