Resenha: Mínimo para Viver – To the Bone

Foto: Reprodução/Netflix

Arte imitando a vida

O filme Mínimo para Viver (To the Bone) retrata da forma mais clara possível a realidade das pessoas que sofrem com distúrbios alimentares. E só foi possível tal proximidade com a situação porque Lily Collins, que deu vida à Allen no filme, também já passou por esse problema.

A atriz disse ao The Edit que até se assustou com o comentário de uma amiga quando estava no processo de perda de peso para a personagem, pois perguntou o que estava fazendo já que “estava muito bem”. Foi ai que viu o porquê a anorexia é um problema tão frequente na vida das pessoas, principalmente adolescentes que ainda estão descobrindo seus corpos.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução/Netflix

E não é de se assustar que sua entrega foi tanta à Ellen que conseguiu realmente passar a mensagem que queria e arrancar elogios da crítica. O filme mostra que além de já ser bem difícil lidar com a adolescência e problemas familiares, ainda existem problemas que afetam muito o psicológico e que não é “frescura”, como muitas pessoas interpretam.

Saber o número exato de calorias de todas as comidas, tomar laxantes para liberar mais rápido o que comeu, fazer exercícios excessivos ou simplesmente se negar a comer são alguns dos métodos apresentados pelos personagens do longa, que frequentam o mesmo lugar em que Ellen reluta a se curar. Todos ali têm suas guerras particulares e tentam com ajuda do outro superar o que eles têm em comum.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução/Netflix

A trama vai mostrando como pessoas que sofrem com esses distúrbios podem perder a vida e que precisam mais que tudo de ajuda profissional, e que não é algo como “é só comer, é tão simples”, vai muito além disso.

A garota de 20 anos, interpretada por Collins, que resiste o filme todo aos tratamentos, só percebe o quão mal está quando sua mãe decide não brigar mais com ela a respeito da situação de seu corpo e, assim, percebe que até sua mãe desistiu de ajudá-la.

A mensagem mais importante que é passada é que, por mais que a pessoa negue ajuda e diga que está tudo sob controle, é necessário acompanhamento profissional. Ela já não sabe mais o que acontece com o próprio corpo. Além de ajudar, alertar sobre os riscos podem salvar muitas pessoas por aí.

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