Eduardo Cunha afirmava já estar esperando por prisão
Já esperando ser preso, Eduardo Cunha escrevia livro que reúne depoimentos contra PT e PMDB
Nesta quarta-feira, 19 de outubro, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha foi detido em Brasília, e já realizarão exames no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba na manhã desta quinta-feira, 20 de outubro. O procedimento é padrão após prisões.
Segundo pessoas próximas ao ex-deputado, a prisão já era esperada por ele. Desde que teve seu mandato cassado, dedicou quase que todo o seu tempo na preparação de sua defesa na Justiça e no livro no qual escreve sobre o impeachment de Dilma e da crise política no país.
Tal livro servirá como uma delação informal dos caixas do seu antigo partido, o PMDB, e também sobre o PT. Segundo Cunha, tudo aquilo que será colocado no papel é passível de comprovação através de documentos e ou gravações.
Eduardo Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar dinheiro. A decisão sobre a prisão foi do juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
O caso foi assumido pelo Juiz após o ex-presidente ter seu mandato cassado e perder foro privilegiado. Para Moro, a prisão preventiva se deve ao fato de que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato “não se esvaziou”.
Segundo a Rádio Bandeirantes, Eduardo Cunha segue preso em cela isolada por conta de desentendimentos com outros presos políticos, frutos da investigação e o intuito seria de evitar possíveis confrontos.