Minimanual do Jornalismo Humanizado
O coletivo feminista “Think Olga” disponibilizou um minimanual de jornalismo humanizado em seu site
O jornalismo detém uma fundamental função na construção da cultura e na transmissão de notícias e informações no mundo. Por esse motivo, um jornalismo imparcial e livre de preconceitos é importante para não menosprezar ou enaltecer grupos que deveriam ter atenção de forma igualitária e não legitimar pensamentos errôneos sobre uma parcela da população.
Pensando nisso, o coletivo feminista “Think Olga” liberou um minimanual online e em versão pocket sobre Jornalismo Humanizado e qual a melhor forma de abordar grupos minoritários em notícias e reportagens.
Dividido em três partes, ‘Violência contra a mulher’, ‘Pessoas com deficiência’ e ‘Racismo’ e liberados para download, os guias tem como objetivo mostrar a diversidade das pessoas sem utilizar termos que possam ofender ou expressões que remetem a memórias ofensivas.
“Nosso objetivo é fornecer ferramentas que ajudem de forma prática aos profissionais dos meios de comunicação a se livrarem de abordagens e termos preconceituosos que somente contribuem com as limitações enfrentadas por grupos minorizados na sociedade”, comenta a ONG.
Palavras e termos como “denegrir” e “inveja branca” são algumas das não recomendadas pelo guia que trata sobre o racismo, por remeter a um sentido pejorativo. “Aleijado”, por exemplo, também não é recomendado. Já no guia sobre violência contra mulher, culpabilizar a vítima pelo ato sofrido, justificando com sua roupa, seu comportamento etc é, também, muito criticado.
São pequenos atos como esses que podem revolucionar o jornalismo e mudar a mentalidade arcaica que ainda se mantém no mundo da comunicação e na sociedade, não incentivando qualquer tipo de discriminação de algum grupo.
Para baixar qualquer um dos arquivos, clique aqui.