O encanto de ‘La La Land: Cantando Estações’
Assistimos o premiado musical e contamos a nossa opinião
Dono das sete estatuetas que concorria no Globo de Ouro 2017 e com 14 indicações em 13 categorias do Oscar, que acontece no dia 26 de fevereiro, “La La Land” é o mais novo queridinho do mundo do cinema.
Com roteiro e direção de Damien Chazelle, do elogiado e ganhador de três Oscars “Whiplash: Em Busca da Perfeição”, e Emma Stone e Ryan Gosling no papel do casal principal, o musical traz releituras de grandes sucessos musicais da história do cinema, emendando diversas referências e com participações especiais como a do músico John Legend.
A história se passa na emblemática Hollywood com o que pode parecer um roteiro bastante clichê: Mia, uma barista de um café nas redondezas dos estúdios Warner Bros., em busca de seu sonho de se tornar atriz, e Sebastian, um músico frustrado que almeja abrir seu próprio clube de Jazz, e que busca reconhecimento do estilo musical, que em suas próprias palavras “está quase morrendo”. Essa fala do personagem de Gosling dialoga, segundo a crítica, perfeitamente com o estilo de filme que Chazelle apresentou dessa vez.
A metalinguagem presente no longa é lindamente representada por Emma Stone. Ganhadora como Melhor Atriz de Musical no Globo de Ouro, é possível ver diversas facetas de Stone durante os testes que Mia faz para conseguir um papel, além da performance de sua peça. De sorrisos a choros, os closes que há em tais cenas servem para desafiar a atriz, mas ela não desanima e entrega uma performance digna de prêmio, o que a leva a ser uma das favoritas para essa categoria na premiação do Oscar, em fevereiro.
A fotografia do filme lembra os musicais dos anos 50 e 60, com muito colorido, neon e focos de luz nos protagonistas durante as canções. Além disso, e sendo extremamente empolgante para amantes da sétima arte, o filme faz diversas referências aos clássicos, como a cena célebre que remete à “Cantando na Chuva” (1952). Brinca ainda com “Meia Noite em Paris” (2011) e “Funny Face” (1957), com a lenda Audrey Hepburn, entre muitos outros.
A trilha sonora faz jus à indicação de Melhor Canção Original no Globo de Ouro e Oscar, com a música “City Of Stars” interpretada por Stone e Gosling, se tornando o tema do casal. No entanto, os outros números musicais não deixam a desejar. Logo na primeira sequência do filme, pessoas saem de seus carros em um congestionamento caótico típico da cidade dos anjos e cantam e dançam, juntamente com uma banda apresentada na traseira de um furgão. Ainda sobre a parte musical, Ryan Gosling toca muito piano, inclusive nas cenas com John Legend, que interpreta um cantor (originalidade!) e o convida para fazer parte de uma banda.
Todos esses elementos fazem com que Damien Chazelle tenha seu merecido reconhecimento, acumulado de trabalhos anteriores, mas que levam” La La Land: Cantando Estações” para um caminho certeiro na direção de mais prêmios.