De volta às origens
Descubra quais as principais diferenças entre o primeiro Oscar e o de agora
A 91ª cerimônia para a entrega do Oscar, a mais glamourosa premiação do cinema, acontece hoje (24), às 22h, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Quando tudo começou, em 1929, talvez não se imaginasse o quão grandiosa ela seria quase um século depois, mas o fato é que muita coisa mudou de lá para cá. Separamos, portanto, algumas diferenças entre a primeira celebração e a de logo mais, para você observar a metamorfose pela qual passou a festa ao longo de sua história.
Uma das mudanças mais drásticas que ocorreu, se compararmos a primeira edição com a desta noite, é o tempo de duração. No final dos anos 20, a premiação durou apenas 15 minutos, enquanto a previsão para este ano é de aproximadamente três horas e meia. A expansão no tamanho do evento se dá pela necessidade de diluir os custos de transmissão com a publicidade nos intervalos, já que no ano passado, por exemplo, a ABC, emissora americana, pagou U$ 75 milhões pelo direito de exibir a atração.
É importante lembrar que a primeira edição não foi transmitida nem pelo rádio, nem pela TV, até porque a televisão ainda não existia. Hoje, além dos 3,4 mil convidados que assistem ao evento in loco, no Teatro Dolby (cerca de 12x mais que dos 270 presentes em 1929), milhares de pessoas acompanham o pela televisão. Apesar de ter perdido audiência nos últimos anos, em 2018 a cerimônia teve 24,5 milhões de espectadores nos Estados Unidos.
Outra mudança importante é a quantidade de categorias contempladas com a estatueta. Se em 1929 apenas 12 categorias concorriam, esse ano, após diversas reformulações, teremos 24 categorias. De todas as modalidades em disputa, apenas o big five (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Roteiro, seja original ou adaptado) segue desde a primeira edição. As outras categorias foram ramificadas, ampliadas ou até extintas.
Aos 91 anos, o Oscar segue com muito prestígio, no entanto, mostra uma necessidade de continuar mudando. Não apenas para premiar de forma mais justa seus concorrentes, mas para fazer com que a festa seja mais atrativa do que cansativa para o espectador. A queda de quase 45% no número de espectadores nos últimos quatro anos é um sinal vermelho para a academia de que é preciso se reinventar a cada ano.