A transformação da moda em tempos de pandemia

Embora muitas empresas tenham fechado as portas, os e-commerces estão vendendo mais do que há 4 meses.

Na atual crise econômica em que o mundo se encontra, os micro e pequenos empresários (MPEs) e os microempreendedores individuais (MEIs) tiveram que se reinventar para continuar na ativa e mantendo seus lucros. Segundo uma pesquisa do Sebrae, 31% das empresas mudaram o funcionamento e precisaram se adaptar para manter a saúde financeira.

Enquanto as empresas mais tradicionais, que precisavam de movimentação presencial para gerar lucros, sofreram para se encaixar ao novo normal, as lojas que já vendiam seus produtos online aumentaram suas vendas. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) indicou que mais de 100 mil lojas aderiram às vendas pela internet e os setores que estão em alta são os da moda, alimentos e serviços.

Juliana Santana, 23 anos, co-fundadora do e-commerce “Guardaroba”, de roupas femininas, afirmou que as vendas aumentaram desde o começo da pandemia. A sócia cuja marca tem 170 mil seguidores no instagram disse que a loja, que já está no mercado há sete anos, precisou passar por inúmeras adaptações nesse período: “No dia 23 de Março decidimos fechar nosso escritório, onde também fica nosso estoque e centro de distribuição. Passamos uma parte dos produtos para a casa da Gabi e Rafa (as outras idealizadoras). Elas começaram a embrulhar e despachar os pedidos de lá, e o resto da equipe – formada por mais nove mulheres, além das três sócias – ficou trabalhando de home office”. Essa mudança durou até o final de junho e atualmente somente Juliana, Gabriela e Rafaela estão de volta ao escritório para embrulhar os pedidos.

 

Segundo a plataforma de inteligência e pesquisa No Zebra Network (NZN), 74% dos consumidores preferem comprar online do que em lojas físicas. Algumas pessoas ainda ficam inseguras em colocar seus dados pessoais ou de não receber o produto e por isso, ainda preferem ir até o estabelecimento. De fato, a era online veio para ficar e diante disso, muitos microempreendedores estão investindo nas vendas pela internet, porque apoiar-se nestes segmentos que crescem pode ser a chave para atravessar a crise sem tantos sobressaltos.

Camila Termignoni, 18 anos, afirmou que durante a quarentena está consumindo mais dos e-commerces do que antes, principalmente no setor de moda. De acordo com a estudante, para sentir-se segura ao fazer a compra, ela sempre consulta as redes sociais da loja para ver os feedbacks de outros clientes. Embora no começo a jovem tivesse receio de colocar suas informações pessoais nos sites, hoje em dia tem até preferência pela modalidade online. Assim como 84% dos brasileiros, que também já aderiram às compras virtuais, segundo dados da NZN.

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