A escolha do candidato
Para fugir da decisão baseada apenas no “ouvi falar”, separamos as principais informações sobre os cinco mais bem colocados candidatos à presidência, segundo ranking Datafolha – e vale lembrar, todos os candidatos têm o nome citado em processos, de acordo com a Abraji (Associação Brasileira de jornalismo Investigativo).
Bolsonaro (PSL)
Formado na Academia Militar das Agulhas Negras, Jair Bolsonaro está há quase 30 anos na carreira política. Junto às declarações polêmicas, seu plano de governo traz a revogação do estatuto do desarmamento, a redução do número de ministérios, investimentos nos equipamentos policiais e a redução da maioridade penal. Ele defende um conteúdo educacional “sem doutrinação e sexualização precoce” e sem a ideologia de Paulo Freire, além de ser a favor das privatizações e da diminuição da taxa tributária.
Ciro Gomes (PDT)
O ex-governador do Ceará defende a criação da Polícia sem Fronteiras e da Bolsa Ensino Médio, além de políticas voltadas para afrodescendentes, LGBTI+, deficientes e jovens. O advogado também não escapa de declarações polêmicas e em geral, diz que não é contrário às privatizações, com exceção da Petrobras. Ele é a favor da reforma da Previdência (diferente da proposta pelo governo atual), defende ajuste fiscal e tributário, promete um plebiscito para revogar a reforma trabalhista e se compromete com a questão da desigualdade de gênero.
Fernando Hadaad (PT)
Contra a legalização do porte de armas, a privatização, a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, o ex-prefeito de São Paulo tem a intenção de retomar o Brasil de Lula. Ele propõe revogar o teto dos gastos públicos, criar o Programa Transcidadania e uma reforma no Poder Judiciário, além de defender a política “segurança pública cidadã”.
Geraldo Alckmin (PSDB)
O político defende a reforma trabalhista atual e é a favor da privatização, com exceção da Petrobras, da Caixa e do Banco do Brasil. Alckmin deseja criar uma Guarda Nacional como polícia militar federal, reduzir o número de ministérios e de partidos, ajustar a medida do teto de gastos públicos, incrementar o projeto Bolsa Família e criar um sistema único de aposentadoria. Aumentar os impostos sobre as taxas mais ricas da população e implantar políticas para mulheres, negros, LGBTI, idosos e indígenas também estão na sua proposta.
Marina Silva (Rede)
Marina afirma como “inegável” a reforma na previdência. Ela afirma que empregos dignos serão o foco de suas políticas sociais e econômicas e que manterá o Bolsa Família. Além de criticar a reforma trabalhista, a também psicopedagoga é contra o armamento de civis e promove ações para as mulheres. Cuidados com a gravidez adolescente, a saúde à população LGBT, o planejamento contra o crime organizado e a não privatização da Petrobras, da Caixa e do Banco do Brasil também se encontram em seu plano de governo.