A moda do cotidiano
Como as peças de roupa interferem no dia a dia do escritório
Com o passar dos anos a moda se modificou e se adequou às necessidades do seu público, hoje, ela está em toda parte, na passarela, na televisão, na rua e também no escritório. A nova tendência é beleza e conforto, o que, muitas vezes, bate de frente com alguns padrões de vestimenta seguidos pelas empresas.
O dress code é um termo usado para se referir aos códigos de vestimenta estabelecidos por diferentes situações. Quando pensamos em um advogado, por exemplo, pensamos em roupas sociais, terno, gravata, saia longa e salto alto, bem longe do casual. “Na minha opinião, em certos nichos de mercado pode-se usar padrões mais flexíveis de vestiário, porém há locais que não tem como fugir do social. São comportamentos e padrões de roupas, que exigem dos funcionários uma aspecto mais sério e formal”, comenta a empresária Maraíza Bispo.
Em 2019, a Havaianas iniciou uma campanha para que as empresas aderissem a um dress code mais flexível, com o intuito de promover o conforto no ambiente de trabalho. Durante o evento SAP Now Brasil, o presidente da marca apresentou a proposta junto ao lançamento da linha Havaianas Friendly. Cerca de 50 empresas aderiram ao conceito, investindo na combinação de moda, bem-estar e trabalho.
Se por um lado o conforto dos funcionários pode promover o aumento da produtividade, por outro, esses padrões expressão como a empresa quer ser vista por seus clientes, de forma séria e profissional. Maraíza ressalta que em sua área de trabalho o vestuário pode interferir nos resultados: “Visito grandes empresas multinacionais e não tem muita lógica chegar de bermuda e chinelo. De qualquer forma, se eu for visitar uma fazenda do mesmo cliente, para uma reunião, tenho como ir mais despojada e menos formal, então isso depende muito de para onde vou”.
Estabelecimentos que não possuem contato direto com seus clientes, tem maior liberdade para priorizar questões como o conforto e a liberdade de expressão dos funcionários. “Hoje, surgiram diversas outras demandas, necessidades e profissões diferentes, novas e distintas, então cada empresa vai se adaptando ao que precisa no momento”, acrescenta a empresária. Existem também as empresas que aderiram ao casual friday e permitem um visual mais descontraído às sextas-feiras.
Tudo se torna uma questão de confiança por parte do empregador e bom senso por parte dos funcionários. “Não uso chinelos, além de em casa ou na praia, porém temos uma funcionária que usa social com alpargatas, fica charmoso e para nós tudo bem, não interfere em nada. Quanto a mim, prefiro meus lindos scarpins”, diz Maraíza. De salto ou chinelos, o importante é priorizar a forma e a função das peças, para que os funcionários possam se sentir bem e exercer a profissão da melhor forma possível, pois a moda tem espaço para todos, em qualquer lugar.