A moda é reutilizar
Foto de Arara Garimpo
Não existe mais esse negócio de jogar a roupa fora, nem mais aquela vergonha de ter uma roupa usada. O nome Brechó chegou com tudo nos últimos anos, mas o foco fica com o surgimento de Brechós online. Abrir uma conta no instagram e compartilhar do seu estilo com outras pessoas através de preços baixos nunca foi tão fácil. É o que tem acontecido com essa febre de empreendedores online que se dedicam a brechós.
Tornar-se parte dessa profissão envolve os mais diversos motivos, desde a paixão por moda até a necessidade do dinheiro. Em entrevista com duas empreendedoras online, podemos conhecer e entender como esse mundo surge e como esse ramo funciona.
Laís Nadim, psicóloga de 30 anos, sempre gostou muito de moda. Começou a fazer feiras de trocas com as amigas e a gostar também de moda sustentável. A avó de seu marido já tinha um brechó há muito tempo e ela ajudava com a curadoria das roupas antes de vender. Foi aí que se apaixonou por esse mundo! “Hoje eu vejo muito mais pelo lado da sustentabilidade, do slowfashion, apostando em peças atemporais e em proporcionar coisas legais por preços justos para todos os públicos”, disse a dona do “Brechó da Mona”. Segundo Laís, seu Brechó é completo. Atende desde as fashionistas, até as mais clássicas. Focando em peças que não vão perder o valor, que não seguem necessariamente a tendência da moda descartável.
“Eu precisava juntar dinheiro para viagem e o celular novo que eu queria comprar. Eu costumo doar as peças, mas como estou precisando do dinheiro, foi um bom ‘escape’”, nos contou a publicitária de 22 anos, Julia Cavallari, que há dois meses tornou-se uma empreendedora online através de seu brechó “Roupas da Juba”. Seu negócio é para quem quer comprar roupa boa e por um preço bem barato. A ideia de reutilizar sempre esteve em sua cabeça e passar para frente ao invés de ficar comprando peças novas é o seu intuito. Por isso, a troca de roupas também é feita. O objetivo é compartilhar de um bom estilo e sem gastar muito, ou literalmente nada.
Continuar nesse ramo é a tendência. A procura é tanta que Laís se espanta com a quantidade de pessoas que gostam dessa pegada de apostar em peças de segunda mão. Com Julia também não é diferente. Em 2 meses de brechó e já vendeu mais de 20 peças para pessoas desconhecidas. A cada roupa postada no instagram é uma chuva de comentários. E tudo funciona muito rápido. Com apenas um “Quero” e uma chamada no inbox, a roupa já é sua! A entrega é feita no metrô, por correio ou até mesmo a domicílio.
Brechó e tecnologia, o antigo e o novo, uma antítese nunca combinou tanto. Que tal entrar nessa e compartilhar do desapego? Abaixo, o instagram do Brechó da Mona e do Roupas da Juba e de mais 4 brechós online para você se inspirar, comprar e quem sabe vender.