A utilidade do voto
A corrida para as eleições 2018 se iniciou desde o começo do ano, quando já havia resquícios de comentários nas redes sociais e especulações da mídia sobre os possíveis candidatos. Em agosto, tivemos o registro de 13 candidatos, mas segundo pesquisas apenas dois têm certa preferência.
Segundo o Datafolha, em relação as intenções de voto, o cenário encontrado atualmente é de Jair Bolsonaro (PSL), com 32% em disputa com Fernando Haddad (PT), com 21%. O curioso é que o maior índice de rejeição, publicado também pelo Datafolha, pertence a esses dois.
Foi a partir desses dados que os candidatos menos bem posicionados como preferíveis começaram a tentativa de pedir a realização do voto últil. Um voto, digamos, estratégico, que consiste na escolha do eleitor em abdicar de seu candidato preferido para impedir a entrada do candidato que ele rejeita.
Alckmin não perdeu tempo e iniciou as ofensivas a Bolsonaro e Haddad, com a intenção de ultrapassar Haddad por meio do voto útil, já que se encontra na quarta posição do preferido a presidência. Ciro, que ocupa a terceira colocação, também não deixou as críticas aos dois de lado.
A estratégia desses candidatos não durou muito tempo, porque a principal rixa ficou, mais uma vez, com Bolsonaro e Haddad, que tentam conseguir os votos do eleitorado menos popular para tentarem a vitória no primeiro turno.
É uma briga de lados, um cenário de ataques e não de propostas, afinal, o intuito é denegrir o outro para que a população utilize seu voto de maneira que candidato que rejeita não assuma a presidência.
A questão é: e os outros 11 candidatos? Por que não damos a devida atenção a eles? Talvez a resposta seja a limitação aos mais populares, as desculpas de que não haverá apoio no congresso, ou de que o candidato que você deseja não tem possibilidade de ir para o segundo turno.
Conformidade, desculpas, desesperança. Fadados a irem contra sua vontade com o intuito de ajudar o país. Veja bem, seja Bolsonaro, Haddad, Ciro, Alckmin, Marina, Alvaro Dias, Henrique Meireles, João Amoêdo, Guilherme Boulos, Eymael, Cabo Daciolo, João Goulart Filho, Vera Lucia, vote no que você realmente acredita.
Assumir o verdadeiro papel como eleitor no dia 7 de outubro é querer a mudança que tanto almejamos ao apertar o “Confirma” de forma responsável.
Foto: Arte D3 Comunicação / Divulgação