Campanhas contra o assédio ganham força na Internet
A violência contra mulheres não é nenhuma novidade na sociedade. Desde o início do desenvolvimento de seus corpos, têm que aprender a lidar com as mais diversas formas de assédio, seja ele verbal ou físico. Porém, com o espaço conquistado pelo movimento feminista na mídia atual, muitas campanhas para proteger as mulheres dessas situações foram criadas e são amplamente divulgadas.
Com a onda de denúncias feitas por atrizes como Angelina Jolie contra o produtor cinematográfico Harvey Weinstein, várias dessas campanhas surgiram e seguem ganhando força na Internet.
Na França, a principal campanha foi lançada no Twitter pela jornalista Sandra Muller com a #Balancetonporc” (#Entregueseuporco, em português), onde ela incentiva o público feminino a denunciar e divulgar os nomes de assediadores. O primeiro caso foi divulgado pela própria Sandra, no qual ela denuncia o ex-diretor de um canal da televisão francesa Eric Brion de assediá-la verbalmente. A hashtag entrou nos TrendingTopics da rede social rapidamente e milhares de mulheres aderiram à campanha.
Já nos Estados Unidos a campanha que mais se popularizou foi #MeToo, liderada pela atriz Alyssa Milano. O movimento foi criado em 2010 por Tarana Burk, mas após o escândalo envolvendo Weinstein, Alyssa decidiu ressuscitá-la. Em seu Twitter, a atriz sugeriu que todas as mulheres que já foram vítima de assédio ou abuso sexual respondessem ao tweet com a hashtag “MeToo”. Em 4 dias foram mais de sessenta e sete mil respostas.
Nesta manhã, em uma entrevista ao “Good Morning America” Alyssa afirma que o machismo é um problema cultural que se deve encarar. “A campanha ajudou mulheres que não queriam expor suas histórias ou o nome do assediador a mostrarem solidariedade. Um dos objetivos é mostrar que assim como acontece em Hollywood, o assédio está em toda parte. Com mulheres na rua, no hospital, no trabalho, em qualquer lugar”. Ela diz que o foco da campanha são as vítimas. “Esse movimento nos dá voz, nos dá força, nos dá poder. Isso acaba aqui. Não vamos mais aturar esse tipo de situação”.