Cara a Cara: Soltos em Floripa
Por: Maria Letícia Scachetti
A plataforma de streaming da Amazon Prime ganhou rapidamente um grande espaço no coração dos brasileiros, e com ela, as produções nacionais. Aproveitando a quarentena para a estreia, foi lançado o primeiro reality show brasileiro da marca: Soltos em Floripa.
O programa que rendeu vários comentários na internet, mostra as férias de oito amigos na cidade de Florianópolis, aproveitando festas, trabalhando e desfrutando as encantadoras praias da região sul. Uma curiosidade sobre o reality foi o fato de personagens da mídia comentarem cada episódio com seus pontos de vista. São eles: Bianca Andrade, Felipe Titto, John Drops, Mariano, MC Carol e Pabllo Vittar
Dois participantes que renderam entretenimento aos telespectadores foram a Taynara (mais conhecida como Tay), residente do interior de São Paulo, em Sorocaba; e o Ramon, natural do Rio de Janeiro. Mesmo com personalidades diferentes, ambos contaram que a experiência superou suas expectativas e o pioneirismo no reality nacional da plataforma foi um grande marco em suas respectivas vidas. Tay afirma que apesar de estar insegura com os resultados, foi surpreendida. Ramon também conta que pelo reality ser novo foi ainda melhor, pois nenhum dos participantes possuía referência, tendo liberdade para criar do jeito deles. Concorda com Tay “Foi muito melhor do que eu poderia imaginar.”
Confira mais algumas perguntas feitas aos participantes:
WHIZ: As plataformas de streaming estão ganhando cada vez mais espaço na vida dos brasileiros, como por exemplo a Amazon Prime. Como você se sentiu participando do primeiro Reality brasileiro da plataforma?
TAY: A amazon é uma das empresas com mais credibilidade no mundo e fazer parte desse time é um mix de emoções e agradecimentos.
RAMON: Para ser sincero, eu não pensei no fato de passar em uma plataforma de streaming, mas como se tratava do primeiro Reality do Prime Video, sabia que era uma grande oportunidade.
WHIZ: Uma pergunta que muitos fãs estão fazendo é se vocês, participantes, se conheciam antes do Reality. Se sim, como se conheceram?
TAY: Sim, todos nós já havíamos nos conhecidos em um churrasco promovido pela Amazon. A intenção do churrasco foi ver como nós iremos reagir às câmeras e como seria a nossa interação com as pessoas.
RAMON: A gente se conheceu em uma festa na última etapa no processo, que alguns participantes ficaram, mas pouco contato, apenas conhecidos de noitada.
WHIZ: Um dos diferenciais do programa são os personagens da mídia, Bianca Andrade, Felipe Titto, John Drops, Mariano, MC Carol e Pabllo Vittar, que comentam cada episódio com seus pontos de vista. Como você se sentiu com essas pessoas comentando sobre suas ações e posicionamentos expostos?
TAY: Confesso que no primeiro impacto me senti um pouco desconfortável, pois não é fácil você ouvir as pessoas te julgando, porém faz parte da vida, achei muito legal eles colocarem comentaristas e cada um ser bem diferente do outro, isso mostra a cabeça do público e até as falas deles, afinal o que eles acham, pode ser o achismo de geral. Nós só ficamos sabendo dos comentaristas em Janeiro e foi uma festa só. É interessante, pois muitas coisas que eles falaram, me ajudaram no desenvolvimento que estou tendo comigo mesma.
RAMON: No início é estranho, mas ao longo da série começamos a criar contato com eles e ficou engraçado, pois brincávamos no privado com os mesmos.
WHIZ: Você se arrepende de algo durante o Reality? Se sim, do que?
TAY: Olha, para ser bem sincera eu não me arrependo de nada. Fiz tudo que eu tive vontade e fui 100% eu, que eu seja julgada por ser quem eu sou mesmo.
RAMON: Não me arrependo de nada, meus erros serviram como aprendizado para levar para vida e me fazer uma pessoa melhor.
WHIZ: Uma das peculiaridades da série que não é comumente feita em Reality Shows é a saída da casa para ir em festas, bares e pubs, consequentemente conhecendo novas pessoas e tendo a possibilidade de levá-las para a casa. Com isso, ocorreram atritos, como o desentendimento do chinelo e a briga que começou quando um dos desconhecidos invadiu a privacidade de vocês. Como você lidou com esses conflitos?
TAY: Lidei maravilhosamente! Em relação às meninas do chinelo, elas foram embora da casa logo após a discussão, sensatas eu diria. Em relação ao menino que me acordou, achei totalmente invasivo e sem noção da parte dele, não gosto muito de briga, porém achei necessário todo o barulho que foi feito perante a essa situação.
RAMON: As noitadas, bares realmente são diferenciais do nosso programa e isso fez com que o projeto fosse ainda melhor e maior, as brigas acontecem como aconteceriam na vida real!
WHIZ: Outra novidade no Reality era o trabalho em um bar para pagar suas próprias festas. Como funcionava o bar e o que vocês tinham que fazer? Como era a relação de vocês com o chefe Ricardo?
TAY: Pior parte (risos). Teve muitas vezes que eu ficava bem irritada de ter que trabalhar, pois queria curtir por completo as festas, mas o trabalho era bem real. Era divido em 4 pessoas, 2 no bar e 2 tirando os pedidos do salão, o Ricardo é um pouco ríspido, mas era necessário pois a gente bagunçava muito (risos).
RAMON: Confesso que eu era um dos que menos trabalhava. O trabalho era real, ficávamos cerca de 5 horas trabalhando para passar 10 min, eu tinha uma relação ótima com meu chefe fora das câmeras, mas durante a gravação como eu só fazia “merda”, merecia tomar aqueles puxões de orelha!
WHIZ: Em um dos episódios, você (Ramon) foi protagonista de uma cena em que todos se divertiram, que foi quando o Ricardo te deu permissão para cuidar do bar. Havia essa liberdade e confiança entre vocês?
RAMON: Esse episódio foi épico, não sabia que teria essa responsabilidade como gerente, fiquei muito feliz e aproveitei ao máximo! Errei, errei, mas aproveitei!
WHIZ: Outro fato interessante sobre a série foi a oportunidade de levar amigos ou parentes para curtir alguns momentos juntos, assim como sua amiga Amanda foi te ver. Como você, Tay, reagiu com a surpresa?
TAY: Cara, te falar que eu chorei muito. Ela chegou no início das férias e logo após a minha briga com o Murilo, então eu estava com um mix de sentimentos, além de ser tudo novo ali, as pessoas, noitadas e o meu relacionamento. Ela chegou no momento que eu estava mais precisando de amigas que me conheciam de verdade. Fiquei bem feliz e meio que me senti em paz quando ela ligou, falando que chegaria em Floripa no mesmo dia.
WHIZ: Tay e Murilo formaram um dos casais icônicos do programa, que brigaram, voltaram, e todos os telespectadores shipparam! Qual a relação de vocês hoje? Ainda mantém contato?
TAY: Hoje nós seguimos apenas como colegas, com muito respeito por tudo que vivemos.
WHIZ: Desde o início você, Ramon, falou que estava solteiro e queria para curtir, porém em alguns momentos ficou de casal com a Nathália. Qual a relação de vocês hoje? Ainda mantém contato?
RAMON: A gente ficou juntos alguns dias, sempre deixei claro que não queria namorar, não estava com cabeça para isso. Nossa relação é ótima, a Nat é maravilhosa, desejo todo sucesso do mundo para ela!
WHIZ: No último episódio muitas mulheres se comoveram com suas falas feministas em apoio às meninas da casa. Como você se sente sabendo que muitas telespectadoras admiram seu posicionamento, levando em consideração que você transmitiu seu modo de pensar ao público?
TAY: Para ser sincera, tudo ali dentro é muito intenso. Nós estamos em constante evolução, eu fiquei feliz de ver as pessoas apoiando o meu posicionamento e por outro lado fiquei triste de ver os xingamentos para o Luan nas redes sociais. Aquela pessoa que todos assistiram, sou eu para defender qualquer pessoa que eu amo. É estranho você ser taxada de fada sentada, ou falas como nunca errou, sinto que tem essa pressão às vezes em cima de mim, como se eu não pudesse errar, entende? O que é anormal, pois como eu disse, estamos em constante evolução e errar faz parte disso. Mas com tudo, eu fiquei feliz de ver que a reação das pessoas não seria diferente da minha, perante à todo aquele circo.
WHIZ: Em um dos episódios ocorreu uma briga entre você, Ramon, e outro participante também do programa, o Luan, que foi resolvida ao decorrer do episódio. Você acredita que esse atrito pode ter ocorrido por conta das emoções à flor da pele?
RAMON: Tenho certeza que essa briga aconteceu pois os nervos estavam à flor da pele, se fosse em uma realidade normal, a gente iria sentar em conversar, eu espero, né! Fiquei feliz que tudo estava sendo gravado para ficar claro o que rolou de fato!
WHIZ: Para você, qual o momento mais marcante dentro do programa?
TAY: Marcante, foi o dia que fomos andar de snowboard nas dunas. Mas o meu dia preferido foi a noitada das meninas, a gente se divertiu tanto entre nós, o sentimento foi de casa.
RAMON: A festa final foi um dos momentos mais marcantes, fiquei fazendo uma retrospectiva de tudo o que aconteceu, foi maravilhoso o que vivi lá dentro com minha família!
WHIZ: No final do último episódio temos o anúncio que haverá segunda temporada! Serão os mesmos participantes? Tem alguma informação que pode nos contar?
TAY: Ainda não tenho nenhuma informação sobre, mas estou animada e espero muito ser chamada para a 2.
RAMON: Sim!! Deram a deixa de uma 2ª temporada, mas ainda não sei de nada! Espero que tenha, logo logo depois do Covid!
WHIZ: Por fim, se você pudesse descrever o programa em uma palavra, qual seria?
TAY: As pessoas acham um pouco clichê quando falamos isso, mas a realidade é a gente virou família mesmo. Cada um tem o seu jeito, seu pensamento e seu modo de levar a vida, e ali dentro TODOS nós aprendemos a respeitar isso e a conversar se algo estava incomodando, de fato o que mais marcou foi a amizade com todos, vivi coisas com eles, que nunca vivi com os meus amigos de fora, foi uma “baita” experiência e só foi como foi, graças a eles. Respeitar a diferença é a maior prova de amor que existe. Normalmente a gente tem a tendência a se aproximar de pessoas parecidas com nós, e ali não tivemos essa escolha (risos) era tudo ou nada.
RAMON: Aprendizado.