Crise no RJ segue assombrando população
Foto: Jornal Extra
Entenda melhor como começou a crise que um dos principais centros econômicos do país enfrenta
Nas últimas semanas se ouviu falar muito sobre o Rio de Janeiro e a situação econômica crítica na qual a população se vê presa. O estado fechou o ano de 2016 com um déficit de R$19 bilhões, 60% desse valor por dívida em pagamentos da previdência, atrasou e ainda atrasa os salários dos servidores públicos e declarou estado de calamidade financeira.
Segundo especialistas, não é apenas um fator que justifica essa situação, mas alguns contribuíram de forma mais significante para isso. A queda do valor do barril de petróleo em cerca de R$7 bilhões nos últimos três anos e, como consequência, da arrecadação de impostos, royalties foram alguns deles. Em 2003, com a expectativa de grandes arrecadações, a governadora da época, Rosinha Garotinho, sancionou uma lei para utilizar o valor arrecadado com o produto para pagar a aposentadoria.
Apesar das dificuldades, as contas continuaram fechando, até que uma série de fatores começaram a desequilibrar essa balança. Além da repentina queda do preço do petróleo, o Brasil começaria a entrar em um período de recessão econômica e o Rio teve muitos gastos com infraestrutura para Copa e Olimpíadas, que não geraram bom retorno e ,com o aumento da expectativa de vida, os gastos com previdência aumentaram.
Tudo isso somado à uma péssima administração pública e a falta de apoio financeiro do governo federal, resultou na situação que vemos hoje.
Para tentar amenizar a situação foi anunciado um Pacote de Propostas do Governo do RJ, que consiste em seis medidas para auxiliar na arrecadação do estado. Elas são:
- Adiar reajustes salariais, incluindo os já anunciados;
- Cortar em 30% o salário de comissionados (governador, vice e secretários);
- Redução do número de secretários de 20 para 12;
- Fim de alguns programas sociais;
- Aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em gasolina, cigarro, cerveja e contas de telefone e luz;
- Aumento da contribuição previdenciária dos servidores em 30%.