Da base ao profissional
A formação de um jogador de futebol se inicia na infância, em um caminho árduo até a chegada ao sucesso
As categorias de base do futebol no Brasil são formadas por crianças e adolescentes, em que seu intuito é transformá-los em jogadores de sucesso, participando de competições profissionais e grandes campeonatos brasileiros. Assim como a trajetória de Pelé, o início dessa carreira pode começar nas ruas do bairro ou até mesmo no quintal de casa, o que desperta desejos de um futuro promissor.
Após o despertar desse sonho, inicia-se a formação esportiva, ou seja, sair das ruas e ir aos campos. O lateral do Santos Futebol Clube, atuante no Brasileirão Sub-20 e Sub-23, Pedro Henrique Cunha Scaramussa, de 18 anos, diz que sua formação começou de maneira simples e informal. Quando criança, ele via isso como uma brincadeira.
Créditos: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
“Entrei na escolinha de futsal da minha cidade natal, em Jaguaré, Espírito Santo. Por lá fiquei até os 8 anos, quando fui convocado para o núcleo no campo. Fui destaque nos treinamentos e, assim, chamado para o time principal da categoria, entrando então no mundo competitivo”, afirma Pedro.
Ao sair de sua cidade com 10 anos de idade em busca de se tornar um jogador profissional, Pedro Scaramussa teve que enfrentar algumas dificuldades, e dentre elas, a solidão foi a principal. “Ao deixar minha família, uma das grandes preocupações foi a solidão. Mas no Santos encontrei todo o suporte e irmandade que, hoje, posso chamar de minha segunda família”. O apoio dos clubes é fundamental para esses profissionais.
Já no futebol feminino, os desafios enfrentados são ainda maiores. Com uma passagem pela Seleção Brasileira em 2017, a jogadora meio-campista do Santos Futebol Clube, Rita Bove, declara que sua trajetória como atleta teve início muito cedo com o apoio do pai e aos 10 anos se tornou jogadora de futsal.
Créditos: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Aos 14 anos, Rita começou sua carreira como jogadora de futebol de campo, com atletas de todas idades, pois na época não existia a base feminina. “Quando fui para o futebol de campo, saí de casa para viver esse sonho de jogar profissionalmente, muito jovem, mas permaneci nesse time por 7 anos”.
Além de uma das grandes jogadoras do esporte, Rita também teve uma passagem como professora de escolinha de futebol em 2013, sendo a ponta na formação de atletas. “As crianças tinham o desejo de serem profissionais e eu me enxergava muito nelas. Em poder estar ali, fazer algo diferenciado e poderia incentivá-las a não perder esse sonho e seguir em frente”.
Após toda sua trajetória e ter passado na pele todos os desafios e conquistas, a jogadora do Sereias da Vila diz: “Lutem por seu sonho, se cuidem, tentem ser atletas, não jogadores. O atleta é alguém por completo. Vão em busca desse sonho e apesar das pedras pelo caminho, usem-as de degraus para subir cada vez mais”.