Eternizados na cinegrafia
A trajetória da humanidade foi marcada por períodos históricos. Imagens, vídeos e escritas nos ajudam a entender e conhecer tudo o que aconteceu até chegarmos nos dias atuais. De acordo com Carlos Nader, criador do curso online “Documentário Autoral”, nos primórdios do mundo cinematográfico, inventado pelos irmãos Lumière, as câmeras foram apontadas às pessoas reais, e não atores. Nesse sentido, o filme “A Chegada do Trem na Estação”, de 1896, evidencia que documentários são a mistura de situações reais e fictícias. Pensando na importância desse gênero para a história, o Portal WHIZ listou três documentários que retratam momentos importantes do Brasil.
Democracia em Vertigem
O documentário, que foi lançado em 2019, retrata as narrativas da política brasileira, desde o início da vida política do ex-presidente Lula até a extrema direita chegar ao poder em 2018. A produção mostra os sentimentos da população durante os anos, os diversos protestos a favor e contra os governos petistas e os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Com o roteiro e direção de Petra Costa, “Democracia em Vertigem” transparece o caminho que trouxe o Brasil à profunda polarização que vive hoje. O documentário foi indicado a cinco prêmios, entre eles, o Oscar de Melhor Documentário de Longa Metragem.
Cercados
Lançado no final de 2020, “Cercados” retrata a rotina da imprensa durante a pandemia de Covid-19. O documentário mostra como os jornalistas estão enfrentando o negacionismo, os ataques frequentes e, ainda, tendo a sensibilidade de acompanhar tudo na linha de frente. A produção conta com a direção de Caio Cavechini e o roteiro também de Cavechini em conjunto com Eliane Scardovelli. A dupla trouxe à tona o dia a dia de repórteres que ficaram na porta de hospitais junto com as famílias, o sentimento dos médicos, dos coveiros e dos familiares das vítimas.
Holocausto Brasileiro
O documentário, inspirado no livro da jornalista Daniela Arbex, conta sobre a cruel e silenciosa tragédia que ocorreu no Brasil dentro do Hospital Colônia de Barbacena, uma instituição psiquiátrica fundada em 1903 em Minas Gerais. Por meio de ex-funcionários e pessoas ligadas ao local, a autora e diretora descreveu os maus-tratos contra os pacientes e revelou a morte de mais de 60 mil deles.