Melhores roteiros adaptados pras telonas
Transformar palavras em imagens não é para qualquer um. Não há limites para a imaginação na hora de se ler um livro, cada leitor cria seus personagens e seus cenários. É por isso que tantos amantes de livros não gostam das adaptações para as telonas. No entanto, grandes roteiristas fazem o impossível e nos fazem nos apaixonar mais uma vez nas histórias que amamos.
Guel Arraes
“Auto da Compadecida: O Filme”, obra do grande escritor Ariano Suassuna, foi adaptado para o cinema por Guel Arraes, grande diretor e roteirista brasileiro. O filme concorreu à grandes prêmios internacionais e ganhou no Festival de Filmes Brasileiros em Miami. Para quem leu o clássico, sabe que as personagens icônicas foram bem representadas nas telonas. Além disso, Suassuna não foi o único com uma história reescrita pelo cineasta, “Lisbela e o Prisioneiro” e “Caramuru” também foram dirigidas por ele. Hoje em dia, ele produz séries e minisséries para a Rede Globo.
Bruno Garotti
“Cinderela Pop”, com a fofíssima da Maísa, foi lançado em 2019 e reviveu a adolescência de muitas meninas por aí. Paula Pimenta é a escritora de muitos dramas adolescentes, sendo “Fazendo o Meu Filme” uma dos mais populares. Bruno Garotti, roteirista e diretor, assumiu essa bronca e adaptou “Cinderela Pop” e “Tudo por um Popstar”, de Thalita Rebouças, para o cinema. Realmente, melhor não podia ficar. Além dessas duas obras de arte, ele também produziu “Eu Fico Loko, O Filme” e, seu lançamento mais recente, “Ricos De Amor”, disponível na Netflix.
Héctor Babenco
“Carandiru”, além de um bairro de São Paulo, é um livro escrito por Dráuzio Varella sobre o massacre do Carandiru, nos anos 1990. Em 2003, o roteirista Héctor Babenco adaptou a obra para as telonas, causando grande comoção logo em sua estréia. Por mais que hoje em dia pouco se é falado, os relatos de Dráuzio revelam sobre o que realmente aconteceu entre as grades do presídio e nos mostra o quanto foi encoberto. Infelizmente, Héctor faleceu em 2016, mas não antes de concorrer ao Oscar em 1986 com o filme “O Beijo da Mulher-Aranha”.
Suzana Amaral
E é claro que não podia faltar uma brasileira na nossa lista! Suzana Amaral é a responsável por adaptar o clássico “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, para as telonas. Por mais que não tenha muitos filmes lançados, a roteirista fez um ótimo trabalho ao adaptar a história de Macabéa, tanto é que concorreu ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Hoje em dia dá aulas na FAAP e faz consultoria de roteiros.
Cecilia Amado
“Capitães de Areia”, clássico de Jorge Amado, mostra a verdade por trás dos órfãos negligenciados pela sociedade e considerados trambiqueiros na cidade de Salvador. Pedro Bala, Professor, Sem Pernas e Gato são alguns dos meninos que conquistam nosso coração do começo ao final da trama. E foi por isso que a neta de Jorge Amado, Cecília Amado, se responsabilizou por adaptar os livros de seu avô para a sétima arte. O filme foi lançado em 2011 em homenagem aos 10 anos da morte do autor e começo de uma série de homenagens ao centenário do mesmo.