O fim da Primeira Guerra Mundial completa 100 anos em 2018
foto: Ideias e Opiniões
O desfecho que provocou diversas mudanças na geopolítica mundial ainda tem consequências um século depois
Em 11 de novembro de 2018 completa-se 100 anos do Armistício de Compiègne, acordo assinado na França para dar fim a I Guerra Mundial. O tratado foi assinado pela Alemanha, último país a ser derrotado e pela Tríplice Entente, a vencedora do conflito.
4 anos, 70 países, 70 milhões de soldados, 10 milhões de mortos e US$180bi gastos. A guerra que foi reflexo da corrida imperialista do século XIX dividiu Europa e mundo em 2. Os impérios Alemão, Austro-Húngaro, Turco-Otomano e a Itália formavam a Tríplice Aliança e disputavam contra a Tríplice Entente: Reino Unido, Rússia, França e EUA.
A derrota da Aliança marcou o fim dos impérios ainda vigentes no século XX, entre eles o Turco. Seus territórios no Oriente Médio foram divididos pelos Tratados de Sèvres (1920) e Lausanne (1923) e foram formados alguns países com protetorados da França e do Reino Unido, como a Síria. No entanto, a divisão de fronteiras não levou em conta as diversidades étnicas e culturais dos povos da região, o que posteriormente provocou conflitos. No caso sírio, povos diferentes como árabes, cristãos, curdos e armênios foram colocados num mesmo território.
A especialista em História Contemporânea Edna Lucia Maia, 42, afirma: “o fim do Império Otomano significou o fim de quatro séculos de paz e ordem política no Oriente Médio, que mergulharia em grande instabilidade com conflitos sangrentos que perduram hoje”. Já a professora de história licenciada pela UFBA, Carolina Ledoux, 29, acredita que o final da guerra gerou um grande problema para minorias étnicas, as quais ficaram prejudicadas com a divisão territorial do Império.
Após diversas questões políticas na Síria, como a sua independência, disputas de poder e ditadura, o país sofre, desde 2011, uma grave guerra civil, com cerca de 400 mil mortos e 5 milhões de refugiados. Segundo Edna, o domínio francês na Síria foi fundamental para divisões e conflitos internos que devem ser apontados como um dos principais fatores para compreender a questão síria.
Parabéns meu amor!!!! Muito interessante