O universo para além de Plutão
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Conheça o misterioso mundo do limite do Sistema Solar
Durante anos, nos foi apresentado um Sistema Solar simples, composto por oito planetas e uma estrela. No entanto, assim como o Universo, nosso Sistema é vasto e tem regiões pouco exploradas, principalmente próximo a Plutão, planeta que foi reclassificado como planeta anão em 2006 pela União Astronômica Internacional.
Plutão se localiza numa região chamada Cinturão de Kuiper, uma área constituída por milhares de corpos celestes com tamanhos variados e feitos de rocha e gelo. São encontrados desde cometas até planetas anões como Plutão, Éris, Makemake e Quaoar. O cinturão estende-se por cerca de 4,5 a 8 bilhões de quilômetros de distância do Sol e é a fonte de cometas como o Halley, que passou pela Terra nos anos 80.
Seguindo após o Cinturão de Kuiper, há a Nuvem de Oort, região de distância pelo menos 10 mil vezes maior do que a que separa a Terra do Sol. É povoada por trilhões de objetos feitos de gelo. “A Nuvem de Oort é o que delimita a fronteira externa do Sistema Solar em termos de objetos, já em termos de gravidade não”, afirma o professor do Departamento de Astronomia da USP Roberto Dell’Aglio da Costa, 60.
O professor conta que o campo gravitacional do Sol vai muito além da Nuvem de Oort. “A gravidade é uma força de alcance infinito”, diz Roberto. Entretanto, a atração se dá até que o campo gravitacional de outra estrela sobreponha o valor do campo do Sol, segundo ele.
Os sistemas solares estão bem longe uns dos outros. A área que separa as duas regiões é chamada meio interestelar, de baixíssima densidade (concentração de matéria em um certo volume) da ordem de 1 a 10 átomos/cm3 e composta, principalmente, por hidrogênio (90%) e hélio (9%). Para efeito de comparação, a densidade do ar normal na Terra é de 1023 átomos/cm3.