Passaporte na mão, Brasil no coração
Montagem: Bianca Gasparetto
A Copa do Mundo FIFA, além de ser o maior evento de futebol, leva milhões de turistas ao país sede
“Temos grande expectativa dessa viagem, já que foi comprada e planejada em uma festa de carnaval onde estávamos todos bêbados.” Assim foi a decisão do advogado Thiago Pessoa, 38, e de seus dois amigos de viajar à Rússia para assistir aos jogos da Copa. Uma conversa em festa de carnaval resultou na compra das passagens aéreas na semana seguinte, antes mesmo de ter os ingressos das partidas. Com planejamento ou não, o importante é que os amigos estarão, em junho, no país com a maior área do planeta, e num dos países com o maior número de locais classificados como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Seja pela festa, pelo futebol, ou pela experiência de conhecer um país de outro hemisfério, a Copa do Mundo junta pessoas de todas as culturas em um evento de união e competição, e muitos brasileiros embarcarão em breve nessa aventura. Lilian Henckel, 38, cirurgiã-dentista, diz não entender nada de futebol, mas seu marido é fã, e sua filha “tem seguido os passos do pai.” Assim ela não quer criar expectativas da viagem, porque deseja surpresas e muita diversão, por ser um país que nunca tinha pensado em visitar.
Segundo nossos entrevistados, o maior desafio será a língua. Pensando nisso, Danniel Oliveira, 32, criou um business chamado Copa na Rússia. O site oferece um checklist gratuito para planejar a viagem, passeios, aventuras, pacotes promocionais e o grande diferencial: guias brasileiros residentes na Rússia para auxiliar na viagem. O app promete ser o meio de “se virar na Rússia” e o WhatsCopa é um serviço contratável de auxílio online 24h.
Já a psicóloga clínica Heidmilene Rocha, 31, tem se planejado desde que decidiu ir à Russia. “Desde setembro o foco é na viagem”, diz. Buscar as melhores passagens, os hotéis mais próximas do metrô, e procurar os ingressos dos jogos se tornaram o seu hobby. “Por último, deixamos os passeios para serem decididos”, completa. Os lugares que mais anseia em conhecer são a Praça Vermelha, o Bunker e assistir a algum ballet russo. Aproveitando a longa viagem, fará um tour na Europa.
Elton Simm, 38, trabalha no Sudeste Asiático como consultor de tecnologia há três anos. Acostumado a ir ao estádio acompanhar o Corinthians no Pacaembu e no Itaquerão, sente falta do futebol. Assim, logo menos embarcará para Rússia do aeroporto de Singapura. “Vem gente que gosta de futebol do mundo inteiro”, complementa. Ele afirma que o básico, transporte e hospedagem, já está feito. E os trens, usará os da própria FIFA. Dentre seus maiores medos, o maior é desrespeitar de alguma forma os russos, já que nunca foi para lá. “Os desafios são a língua e a cultura, para não fazer nada de errado”, conclui.