Resenha: Quando Nos Conhecemos
Acaso, certamente a principal lição do filme que mistura romance com viagem no tempo. Sim, romance e viagem no tempo, então se você é um dos meus e ama muito os dois temas continue aqui. E se você não é tão fã assim, te garanto que vale a pena continuar, porque vai sair dessa leitura no mínimo pensativo.
Bom, o filme “Quando Nos Conhecemos”, original da Netflix, conta a história de Noah (Adam DeVine), que se apaixona por Avery (Alexandra Daddario), ao conhecê-la em uma festa halloween. Então, os dois têm uma noite super divertida, conversam muito e descobrem gostos em comum, e é entre tantas risadas que ele descobre uma química. O problema é que, no dia seguinte, Avery conhece Ethan (Robbie Amell), os dois começam a namorar e Noah vai direto para a friendzone.
Passados três anos desses eventos, o filme se inicia na festa de noivado do casal, em que Noah chega ao ápice de ciúme e inconformismo com seu destino como amigo. Entretanto, mal sabia ele que tais sentimentos o levariam a se embebedar, e que seus atos enquanto bêbado o levariam até uma cabine fotográfica (ou máquina do tempo, chame como quiser).
Sem se dar conta do que aconteceu, Noah acorda no dia 31 de outubro de 2014 e percebe que tem a chance de fazer as coisas diferentes dessa vez, de uma forma que faça Avery se apaixonar por ele. Sem acertar de primeira, ele segue voltando no tempo e a cada vez assume uma personalidade diferente, nos fazendo questionar o que uma pessoa pode fazer para conquistar o que deseja.
Usando seus conhecimentos de três anos de amizade para tentar impressioná-la em uma das viagens no tempo ou mesmo seguindo conselhos do amigo que é um grande conquistador, o romance não acontece. Não importa o que Noah tente fazer, todas as vezes o acaso mostra que Avery e Ethan foram feitos um para o outro e acabam juntos. Até mesmo quando o romance entre os amigos parece ter dado certo.
Neste meio do filme, o tédio acaba nos pegando devido às diversas viagens no tempo que não levam ao que esperamos: a relação das almas improváveis. O que pode ser considerado um ponto forte do filme, que não entrega o que o espectador espera e acaba por surpreender ao final. Porém, mais do que apenas uma surpresa, o longa entrega a mensagem de que, independente dos esforços para uma mudança, existem coisas que o acaso protege. Mas pensar nelas e analisar por outros pontos de vista pode gerar descobertas com a capacidade de mudar o rumo de alguns trilhos da vida.
Afinal, o conceito que é relembrado em diversos momentos do filme revela que os relacionamentos são formados por coisas intangíveis. Por mais intensos que sejam nossos desejos, o acaso sempre vai estar lá para fazer as coisas seguirem seu rumo. Cabe a nós entender as situações e pitacos do acaso em nosso cotidiano. O que é muito difícil e talvez até impossível, eu sei. Mas que certamente nos faz questionar os caminhos do amor, podendo deixar o sentimento de esperança para os românticos, ou pelo menos fazendo os “quadrados” pensar sobre o assunto agora, como prometido lá em cima.