Um pouco de esperança, por favor
São mais 365 dias. Muitas dúvidas e incertezas, assim como o ano anterior e todos os outros. Mas, dessa vez é diferente, é um ano de esperança. Ou melhor, um ano que precisa dela. Neste 31 de dezembro, as superstições serão (quase) iguais a sempre. Vou acordar, tentar manter apenas pensamentos positivos e seguir aqueles clichês: escolher a cor da roupa e comer lentilhas, para dar sorte. Falando nela, quem me dera poder pular as sete ondas fazendo um pedido para um ano melhor.
Não será igual pois foi um ano difícil mesmo, pelo menos para minha família e acredito que para as mais de 190 mil outras, que também tiveram perdas aqui no Brasil. Minha avó não está mais aqui para ajudar nos preparativos do jantar, nem para me abraçar à meia noite. Sinto falta das mensagens diárias e de jogar cartas durante a tarde. Agora, mesmo que com poucas pessoas, a virada será celebrada com muito amor.
Enfim, chegamos nos “finalmentes” de 2020, ano que foi carregado por tragédias. Um ano que mostrou a importância da empatia com o próximo e também a falta dela em diversos momentos. Um ano que, sem dúvidas, trouxe muitos aprendizados e que foi um teste para a saúde mental. Quantas vezes falei que não aguentava mais, e logo no dia seguinte estava lá, aguentando. A prova de que é preciso ter paciência e resiliência para deixar o tempo agir e que uma hora tudo passará. Certamente, nunca voltaremos ao “normal”, mas podemos aprender com tudo isso e nos tornarmos melhores.