Streaming: Entretenimento nas nuvens
Arte: Gabriel Magalhães Gomes
Streaming, em tradução livre do inglês, significa córrego ou riacho e é definido como uma forma de transmissão instantânea de dados de áudio e de vídeo através das redes. Na tecnologia, o nome é utilizado para remeter ao fluxo de conteúdo multimídia que essa transmissão contínua possui. É muito utilizado para assistir filmes, séries, jogos de futebol e escutar música.
A revolução trazida por esse tipo de serviço ganhou o gosto do público e isso pode ser visto em uma pesquisa realizada pela Google, que afirma que a quantidade de horas que o brasileiro passa assistindo a vídeos por streaming semanalmente cresceu em 90,1% entre 2014 e 2017. De acordo com a mesma apuração, 83% dos usuários preferem vídeos online porque os conteúdos disponibilizados não são encontrados na TV.
Aplicativos como Netflix, Spotify, YouTube, Deezer, Apple Music e Amazon Prime Video são os principais nomes quando falamos desse mercado em constante crescimento. De acordo com o estudante do sexto semestre de Ciências da Computação do Mackenzie, Giovani Giglio de Castilho, 19 anos, os benefícios desse serviço para sua área são inúmeros. Ele afirma que graças aos dados disponibilizados pelos streamings na nuvem – servidor localizado em um local específico que armazena diversos arquivos – se torna possível o acesso a essas informações de qualquer lugar; garante a segurança e a compatibilidade uma vez que, tem acesso a tudo independentemente da plataforma que utiliza.
Luiza Brilhante, estudante de Jornalismo do Mackenzie, 20 anos – e usuária assídua da Netflix e Spotify – diz que a praticidade e o custo-benefício são o grande atrativo desses aplicativos. Afirma também que como a maioria das pessoas usam “você está sempre ‘por dentro’, além de ter infinitas opções para todos os gostos”.
Com a implementação desse novo vício, que parece ter contagiado uma grande parte das pessoas, novos hábitos também são implementados tanto para aqueles que consomem como para aqueles que produzem. A forma personalizada como os usuários escutam músicas e assistem filmes, cria novos jeitos de atender o público que, cada vez mais, molda o serviço de acordo com sua própria individualidade. Como os algoritmos utilizados pela Netflix, que faz as indicações ao assinante de acordo com o que esse já consumiu.
O músico e compositor Flávio Venturini afirmou que músicos, compositores e produtores precisam receber um valor mais justo pela reprodução nos aplicativos de música, uma vez que os artistas são remunerados de acordo com a quantidade de vezes que são reproduzidas.
Como toda tecnologia, também possui seus lados negativos. A bolha cultural na qual esses aplicativos inserem seus usuários acontece graças à seleção de conteúdo similar aos que já foram consumidos pelos assinantes, o que faz com que esses sempre consumam mais do mesmo.