Atuação, música e dança em sintonia: A magia dos musicais que encantam gerações

Seja A Pequena Sereia, Moana, O Rei Leão, Footloose, ou mesmo High School Musical – que arrecadou milhões de dólares, e ganhou um spin-off em 2019 – é quase certeza que você já assistiu alguma obra musical.
A origem desse tipo de arte é incerta. A Ópera do Mendigo (1728), composta por John Gay, é a obra registrada que mais se aproxima da composição de um teatro musical. Depois, no século 19, os teatros musicais migraram para a América, e considera-se que o primeiro espetáculo em solo americano foi “Show Boat”, com música de Jerome David Kern e libreto de Oscar Hammersteinque. A peça falava sobre a corrupção presente nas diferentes camadas da sociedade e ganhou tanto destaque que foi considerada como a mais popular no século 18.

Show Boat at the Ziegfeld Theatre White Studio/©NYPL for the Performing Arts, A Scene from The Beggar’s Opera

Não é possível falar sobre musicais na América sem falar sobre a famosa Broadway (Estados Unidos), que é conhecida por abrigar os melhores e mais renomados teatros e produções teatrais e musicais do mundo. Inclusive, a rua ganhou tanta notoriedade, que o termo “Broadway” passou a ser usado para se referir a montagens icônicas que se tornaram reconhecidas por acontecer nessa região, como: “Les Misérables” (1987), “The Phantom of the Opera” (1988), “West Side Story” (1957) e Funny Girl (1968). Os últimos dois, em específico, foram adaptados recentemente para as telas do cinema e depois para os palcos paulistanos.

The Jets play it “Cool” in the original production of West Side Story

Além deles, o musical Hamilton (2015), criado por Lin-Manuel Miranda, conta a história de vida de Alexander Hamilton, um dos pais fundadores dos Estados Unidos, que, de acordo com a própria peça, não recebeu reconhecimento suficiente por ter ajudado a construir um dos países mais influentes do mundo. A montagem de Hamilton ganhou 11 Tony Awards e um Grammy, além de vários outros prêmios, por isso, é uma das peças da Broadway mais exaltadas dos últimos anos.

Foto: Hamilton – Musical

Já no Brasil, acredita-se que esse estilo de arte chegou no fim do século 19, com o “Teatro de Revista”. A peça My Fair Lady (Minha Querida Lady), de 1956, foi a primeira adaptação brasileira de uma peça da Broadway e, depois disso, as adaptações começaram a dividir espaço com as produções nacionais.

Cartaz Minha Querida Lady

Por causa da pandemia de COVID-19, o setor de teatros musicais no Brasil também foi impactado de forma negativa, uma vez que os espetáculos presenciais foram cancelados e as produtoras tiveram a difícil decisão de esperar a volta presencial, ou adaptar as obras para transmissão virtual. Apesar disso, o público teve mais tempo para consumir conteúdos criativos em casa, e assim, quando acabou a quarentena, as peças musicais voltaram em peso.
Em suma, os musicais englobam três tipos de arte: a atuação, a música e a dança. Os que possuem canções originais são os mais ricos, mas também existem produções que selecionam músicas que já existem para “encaixar” na história, como na série Glee: Em Busca da Fama. Ambos estilos exigem tempo, investimento e atenção durante a produção, para que a escolha das músicas seja coerente e enriqueça o enredo.

Foto – Glee: Em Busca da Fama

Se depois dessa matéria você ficou curioso/a em relação às produções musicais, te convido a assistir algum filme, série ou peça musical para descobrir esse universo fascinante. O ano de 2024, por exemplo, terá peças como “A Noviça Rebelde”, “A Cor Púrpura”, “O Rei Leão”, “Luther King”, “Elvis”, entre outras, que prometem encantar o público.

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