Base Jump: adrenalina nas alturas

Foto: basejumper.com

Quem nunca sonhou estar voando, ou caindo. Os paraquedistas achavam que tinham chegado o mais perto possível de um voo livre, mas não. Nasceu nas paredes do El Captain, no Parque Nacional de Yosemite na California, EUA, um esporte de alto risco, o Base Jump. 

A prática consiste em saltar e abrir o paraquedas manualmente, caindo em queda livre, precisando de autocontrole e elevado conhecimento sobre o equipamento.  O nome é uma sigla derivada da dinâmica do esporte: B.A.S.E,  Building (Edifícios), Antennas (Antesnas), Span (Pontes) e Earth (Montanhas e Penhascos). 

Por ser um esporte de risco enorme, é necessária muita experiência nos céus antes de começar a saltar. Para dar o primeiro salto de base pedem-se por volta de 200 saltos de paraquedas, já que os erros normalmente são do próprio atleta, a preparação física, psicológica e de conhecimento são essenciais. O físico necessário para praticar esse esporte é de alguém com boa resistência. Cada salto depende de uma trilha de pelo menos duas horas, e se as condições climáticas, ao chegar no topo, não permitirem que o salto seja executado, são mais duas horas de descida.

Paloma Oliveira e Rita Birindelli foram as mulheres pioneiras do base brasileiro, elas começaram de formas diferentes mas se encontraram em 2011 e passaram a saltar juntas. O meio feminino ainda é muito pequeno nesse esporte, para Paloma a falta de mulheres vem de uma criação machista e da cultura do super homem, o “macho alfa” que está saltando, “o preconceito quem tem que romper é a própria pessoa”, é o primeiro passo para poder se jogar nesse mundo, todos nós podemos.  

As duas são exemplos de força feminina e nunca deixaram o meio dominado por homens as intimidarem, em 2015 elas participaram de um documentário e uma série no Canal Off. A segunda temporada da série não saiu pois Rita acabou se machucando em um salto, ficou um ano e meio em recuperação e passou por 3 cirurgias. 

As meninas contam que hoje o esporte já evoluiu muito, existem escolas de base, quando elas começaram, o esporte era considerado “kamikaze” e o aprendizado era feito por mentoria. 

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