Cara a cara: MC Kekel

Do bairro de Guaianases para o mundo, MC Kekel espalha o funk com sua voz marcante

Natural da zona leste de São Paulo, mais precisamente do bairro de Guaianases, Keldson William da Silva, conhecido por todos como MC Kekel, despontou nas paradas em 2016, com os sucessos “Partiu” e “Namorar Pra Quê”. No mesmo ano, ele assinou contrato com o produtor Kondzilla, com quem faz parceria até hoje. De lá para cá, o artista de 23 anos se tornou um dos grandes nomes do funk e uma estrela da música atual brasileira.

O ano de 2018 foi um divisor de águas na vida de MC Kekel. Emendando um sucesso ao outro, ele iniciou o ano passado com a música “Amor de Verdade”, parceria do artista com MC Rita, lançada em março. O hit ficou semanas no topo das paradas e possui, hoje, mais de meio bilhão de views no YouTube. Em setembro, ele lançou “O Bebê”, com Kevinho, e fechou o ano com “Vingança”, em um dueto com Luan Santana. O ano ainda foi marcado em sua carreira por parcerias com Buchecha, Ludmilla e Dani Russo.

Atualmente, Kekel possui mais de três milhões de ouvintes mensais no Spotify e soma mais de 1 bilhão de visualizações no YouTube. O artista contou para a gente um pouco sobre o universo de sua carreira. Confira a entrevista com o MC na íntegra:

WHIZ:  Como era sua vida antes de se tornar um artista famoso?

MC Kekel: Eu era como muitos jovens desse Brasil, trabalhava muito para ajudar em casa. Fui porteiro, mecânico.

WHIZ:   Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou?

MC Kekel: Não foi fácil chegar até aqui. Já fiz mais de 10 shows por noite saindo de um lugar para outro sem nenhuma estrutura. Hoje, eu agradeço a Deus todos os dias!

WHIZ: Em que você mais se inspira?

MC Kekel: O que me expira são meus fãs! Todo carinho que recebo! Quero entregar cada dia mais para todos eles.

WHIZ:  Para você, qual a importância do funk na cultura do estado de São Paulo?

MC Kekel: Fundamental!! É a valorização da cultura da periferia. O funk no Brasil é tão importante para a periferia quanto o rap foi para a periferia de Nova York.

WHIZ: Como você lida com o crescimento do funk tanto no Brasil como no mundo?

MC Kekel: Com muito entusiasmo e alegria. Hoje, o funk também cresceu no mercado internacional, isso é importante para todos que trabalham para consolidar essa cultura.

WHIZ: O que você pensa sobre as críticas às letras de funk atuais?

MC Kekel: À medida que o funk passou a ser mais ouvido e conquistou vários países do mundo, o preconceito diminuiu. Penso que a critica ao funk é a falta de conhecimento da origem do funk, o que essa cultura de periferia significa e qual a sua importância para o mercado da música e os jovens de periferia. O Kondzilla ajudou muito a mudar essa realidade, eu tenho orgulho de ser do funk.

WHIZ: Você surgiu no funk, mas nas últimas parcerias você experimentou estilos diferentes. Você pretende continuar explorando outros ritmos?

MC Kekel: Eu amo música! Acho ótimo fazer parcerias com artistas de outros gêneros. Incrível cantar com Luan, com o Buchecha que eu sempre fui fã, com Ludmila que arrebenta, é só alegria.

WHIZ: Você é um artista que vem ganhando bastante espaço no mercado brasileiro. Como você lida com esse sucesso?

MC Kekel: Com o pé no chão. Sou grato por minha conquista, mas sei que tenho que trabalhar muito para continuar conquistando e mantendo o meu público.

WHIZ: O que você diz para quem te admira e gostaria se tornar um cantor de funk?

MC Kekel: Obrigado! Gratidão! Trabalhe, batalhe! Vai em busca do seu sonho! Não é fácil, mas você é a primeira pessoa que tem que acreditar em você.