Doação é um ato de amor!

A importância de trabalhos voluntários para a vida dos moradores de rua

Com a pandemia do Covid-19 e as crises econômicas que o Brasil enfrenta, houve um aumento significativo das pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. No censo feito entre Outubro e Dezembro de 2021, mostrou-se que hoje a população de moradores de rua na capital paulista é de 31.884, um número preocupante e 31% maior do que no ano de 2020.

As pesquisas divulgadas pela Agência Brasil mostram também que a maior parte dessas pessoas se concentra na região da Sé. Com 45% dos indivíduos em situação de necessidade morando nessa área surgem diversos projetos sociais que tentam ajudar essa comunidade com suas necessidades básicas, visto que apenas as ações governamentais não têm sido suficientes para lidar com a problemática enfrentada por essas pessoas.

Desde instituições sociais até igrejas se juntam para levar roupas, comida, atendimento médico, suporte psicológico e corte de cabelo para essa população. Um dos grupos que presta assistência a essas pessoas em situação de vulnerabilidade é o “Ministério Mudança de Vida”. Todo último sábado do mês, o Bispo Fernando Ribeiro Rossafa, 32 anos, mobiliza um grupo de pessoas para ir até a Praça da Sé ajudar os moradores da região, enquanto toda quinta-feira há a realização de um trabalho voltado para quem vive no Pátio do Colégio.

Fernando diz que desde o começo da ação houve uma mudança na postura das pessoas que são impactadas pelo grupo. “Depois que começamos lá, eu e os evangelistas, vimos que as pessoas estão saindo da Praça, vindo para a igreja, arrumando emprego, alugando casa, construindo família”. Ele destaca a importância do apoio emocional e espiritual para a mudança de atitude dos moradores da região: “É uma mudança, um crescimento, é um degrau a mais na vida dessas pessoas que estão na praça em situação precária, mas através de nós e dos doadores fazemos um trabalho sólido e consistente”.

O projeto chega a entregar 400 marmitas toda quinta-feira, e no ano de 2021 conseguiu alimentar 180 mil pessoas. Também visa aumentar a autoestima dos necessitados: “Eles entram bem depressivos, chorosos, mas no decorrer da gente cortando o cabelo conversando com eles, falando de Jesus eles saem outra pessoa”, conta Maria José Bandeira, 44 anos, líder da área de corte de cabelo.

Além disso, a Doutora Denise Novaes Alves, 57 anos, explica como é feito o trabalho dos médicos para ajudar essa população: “A gente dá um atendimento inicial, a gente vê pressão, mede nível de açúcar no sangue, faz curativo, se precisar tomar remédio encaminho para o hospital ali perto”.

Denise completa dizendo que sente que a ação faz com que os moradores de rua se sintam acolhidos, guardados, sentem que tem alguém que se preocupa com eles. “Para os médicos e enfermeiros que fazem parte do grupo é uma doação, uma honra, porque tivemos condições de estudar e temos que doar tudo isso que Deus nos deu, cada um tendo um dom faz o que pode para ajudar as pessoas”.

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