Cerimônia de premiação da 11ª edição do Prêmio Mario Covas, realizada no Palácio dos Bandeirantes. Data: 05/11/2015. Local: São Paulo/SP. Foto: Gilberto Marques/A2img

O som das estações

O engajamento da companhia que administra o Metrô de São Paulo com a cultura é algo bastante visível nas estações. Obras provenientes de parcerias com museus, exposições, espaços para leitura e apresentações são atividades constantes nas linhas.

Por meio do programa Linha da Cultura, voltado para produções artístico-culturais, a Companhia oferece uma agenda que inclui diversas linguagens buscando conteúdo de interesse social, para criar uma interação com os usuários.

O alto número de atividades pode, por vezes, passar despercebido por quem frequenta o metrô na correria do dia a dia, mas é impossível não notar a estrutura e o som feito por músicos muito mais próximos do que parece. Ivan Carlos Costa Lima, Lucivaldo Araújo, Wagner Jr., Claudinei Cipriano, Henrique Nunes, Adolpho Ramos, Geverton, Marcos José, Silvio Morassi e Fábio Ferreira são agentes de segurança do metrô que em dias de show trocam seus objetos de patrulha por instrumentos musicais.

Criada em 2011, a Banda dos Seguranças do Metrô entrou na agenda da empresa como mais uma alternativa de entretenimento para o cidadão. Um repertório variado, que engloba estilos como o rock, o sertanejo, samba, entre outros, compõe a coletânea da banda. Nas duas apresentações feitas por mês é possível ouvir desde Legião Urbana, Gun’s N Roses e até interpretações de música clássica.

A professora Aline Fernanda da Silva, de 29 anos, conta que conheceu o grupo por meio de uma prima que sempre a convidava para ir às apresentações. Um dia, ela aceitou e não se arrependeu. “O Amor foi à primeira vista pelo talento, escolha musical, carisma e pela dedicação”, diz.

Mesmo sem tempo para assistir os shows, a secretária Cristiane Almeida aprova as apresentações nas estações. “Preciso chegar logo em casa, não posso acompanhar, mas é legal chegar na estação depois de um dia estressante e ter uma boa música”, avalia.

Aline relata também que sempre procura estar presente quando a BSM toca. “Sempre que eles se apresentam procuro não faltar em nenhum. Levando em conta o pouco de lazer e cultura para o povo, principalmente gratuita, [é bom] a companhia metropolitana estar sempre engajada com as apresentações da banda e outro de projetos sociais”.