Resenha: Marighella
Depois de muitas dificuldades na produção e na estreia, foi lançado este ano o filme nacional “Marighella” do diretor Wagner Moura, baseado na biografia “Marighella – O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, escrita por Mário Magalhães. O longa-metragem tem por volta de duas horas e conta a história de Carlos Marighella, (Seu Jorge), um dos militantes que era contra a Ditadura Militar e também cofundador da ALN (Ação Libertadora Nacional). Segundo a matéria do jornal “O Povo”, foram arrecadados quase dois milhões de reais e mais de cem mil pessoas foram assistir ao filme.
Além disso, o cantor e ator Seu Jorge conseguiu atingir seu potencial como o próprio Carlos Marighella, trazendo ao enredo bastante ação com seus companheiros e emoção com o seu filho Carlinhos, na trama. Porém, nota-se que Wagner não teve a intenção de glorificá-lo, pois há momentos na trama muitos caricatos, a fim de cativar o público. Além disto, o ator Bruno Gagliasso desempenhou como vilão da trama, o delegado Lúcio, que na vida real se chama Fleury. A atuação conseguiu passar a imagem de um vilão sem escrúpulos e tirou muitos sentimentos de raiva dos espectadores.
Também, nota-se que as cenas são chamativas e prendem a atenção, por todas ações que acontecem na história e sua trilha sonora que é utilizada nela. Um bom exemplo disso, é a cena inicial onde ocorre roubo de armas no trem. E a música utilizada é da banda Nação Zumbi, a qual possui um ritmo acelerado e envolvente para o momento e passou a tensão necessária.
Em suma, o filme traz muitas ações e reflexões políticas. O elenco apela também para o lado emocional, principalmente, entre Carlos Marighella, sua esposa, (Adriana Esteves) e o seu filho. É recomendável que as novas gerações assistam como foi o momento da ditadura e o que aconteceu com algumas pessoas naquela época. Nisso, é muito importante aprender a história do nosso país.
