Resenha: Morbius

 

Fonte: Reprodução/Divulgação

O mais novo filme da Sony, em associação com os estúdios Marvel, conta a história de “Morbius”, um dos vilões do universo do Homem-Aranha. Lançado em 31 março deste ano, a trama tem 105 minutos de duração e conta com um elenco formado por Jared Leto, Matt Smith, Tyrese Gibson, Jared Harris e Adria Arjona.

O filme começa com o objeto de pesquisa e a razão da transformação de Michael Morbius (Jared Leto): os morcegos. Empenhado em achar uma cura para sua condição, Morbius, que sofre de uma doença sanguínea rara, viaja para capturar e estudar o DNA do animal.

Apesar do protagonista estar acometido por essa condição desde criança, Michael se torna um bioquímico brilhante e responsável por uma importante descoberta sobre sangue artificial no mundo científico. Mesmo assim, essa descoberta ainda não é suficiente para o doutor e seu melhor amigo recuperarem sua saúde e terem uma vida normal. Isso faz Michael recorrer a mais pesquisas, no caso, o código genético dos morcegos.

Ao misturar o DNA humano e do animal, a vida e fisionomia do doutor já não serão mais as mesmas – o que dá a largada no visual vampírico do anti-herói. Incapaz de controlar totalmente sua sede por sangue humano, o desenrolar da trama se dá por meio das descobertas do novo poder que desenvolveu e das formas de controlá-lo, marcando o início das aguardadas cenas de ação no filme.

Por mais que Morbius seja um dos vilões do Homem-Aranha, assim como nos quadrinhos, não é apresentada a figura de um homem sem coração e com uma determinação apenas para matar ou ter domínio de algo. Na realidade, Michael sofre desde o princípio com as mortes causadas por si, e se mostra persistente em tentar entender até que ponto tem controle de sua sede sangue e até que ponto não.

Falando um pouco mais sobre a caracterização do anti-herói, a aguardada transformação do doutor em um vampiro, no entanto, não foi bem recebida pelos fãs e pela crítica, gerando diversos comentários negativos. Outros pontos que também não foram bem recebidos são as cenas de luta e a tentativa de cenas de terror, que deveriam ser um dos destaques da história por conta do visual assombroso que o vilão apresenta.

De fato, se formos lembrar das cenas épicas de ação e dos efeitos especiais nas demais franquias da MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), seus efeitos e seu nível de ação não chegam aos pés das obras lançadas recentemente. No filme, a maioria das cenas de combate entre Morbius e seu melhor amigo, Loxias Crown (Matt Smith), são marcadas por uma sequência de efeitos slow motion, que dão ênfase nos movimentos e no visual dos personagens. Porém, mais do que qualquer efeito visual ou de cenas de batalha, a trama apresentada é o maior ponto a ser colocado em cheque. Sua narrativa, infelizmente, é rápida demais. A história de vida, a transformação, o romance, a traição e a redenção dos personagens são apresentados ao telespectador em 1h45 de filme, com isso, não nos dá muita chance de gerar um apego, por mais trágicas que suas histórias e suas mortes sejam.

Porém, como todo bom fã de Marvel sabe, o filme não acaba até a tela do cinema estar completamente apagada. E com Morbius não foi diferente. O pós-crédito começa com o teletransporte repentino do Abutre (Michael Keaton), vilão do filme “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”. A cena que segue nos mostra o início de uma parceria entre ambos, em um mundo que não pertence ao Homem-Aranha do Tom Holland. Isso abre cada vez mais esse incrível multiverso da Marvel e pode deixar os fãs da saga com expectativa para o desenrolar das tramas.

Por mais que a crítica tenha deixado bem claro a desaprovação em relação ao filme, visto que ele alcançou apenas 20% de aprovação, a história ainda nos deixa curiosos com o próximo passo da Marvel.

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