Rosa: a cor de uma luta

“O vazio veio seguido de muito medo”, relata Lucienne Viola, 50, que em dezembro de 2014, descobriu a necessidade de uma biópsia urgente, após realizar o exame de mamografia que havia se tornado uma rotina.

O Outubro Rosa para ela significa um alerta sobre a importância de muitas mulheres se prevenirem e se lembrarem dos exames. A campanha surgiu no final do século XX, nos Estados Unidos, e veio como uma forma de conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama.

O laço cor-de-rosa, que se tornou o símbolo mais importante da campanha, surgiu na ação “Caminhada pela Vida”, realizada Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, fundado por Nancy Brinker, em Dallas, nos anos 80, com o objetivo de promover estudos e disseminar informações sobre essa doença.

No caso de Lucienne, uma mastectomia, a remoção total da mama, foi necessária. “Foi como perder um órgão, é uma mutilação! A primeira vez que tentei me olhar, não consegui. Fechei os olhos. Mas o sentimento de troca, de que perdi a mama e ganhei a vida, foi meu consolo”.

M.L., 17, um ano atrás, descobriu 24h antes da cirurgia de sua mãe, aos 48 anos, que ela estava com câncer. “Eu fiquei sem chão, sabe?”. Em um país com uma estimativa de 600 mil novos casos de câncer de mama para 2018, segundo INCA (Instituto Nacional do Câncer), ela considera mais do que necessária a conscientização trazida pela campanha. “Tem que ter nas redes sociais e em outras formas de divulgação. Na verdade, acho que poderia aumentar. As mulheres têm que ter a consciência de que, infelizmente, essa é uma doença que todas estão propensas a ter”.

Em meio ao dia a dia, é sempre muito importante se manter alerta quanto aos sintomas: caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço e  saída espontânea de líquido dos mamilos.

E em uma declaração àqueles que se encontram nessa situação, Lucienne diz: “Acredite no tratamento e na cura. Pensamentos positivos nos levam além… A gente se descobre, se reconstrói e então parece que tudo foi um sonho, a vida continua alegre e feliz como antes!”.

Foto: LenaSkor/Thinkstock

 

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