Um dia marcado pela luta e liberdade

Depois de tanta censura, a evolução da sociedade a aceitar nossa verdadeira identidade

Uma manifestação em Nova York, no bar Stonewall Inn, deu início a história. No dia 28 de junho de 1969, ocorreu um episódio de repressão policial neste local conhecido e frequentado por homossexuais que resolveram reagir contra a violência a esse atentado, assim este conflito trazendo questões políticas e visibilidade, fez com que a data fosse proclamada como Dia do Orgulho LGBT+.

Nesta época, o Brasil havia acabado de entrar na ditadura militar, que se destinava à censura e ao silenciamento de minorias. Principalmente no estado de São Paulo, onde aconteceram diversas operações e perseguições, que defendiam ideias de até prisão da população homoafetiva.

No tempo de censura, foram criados jornais homossexuais, com conteúdos que visam representar aqueles que não tinham voz, para serem vistos como importantes na construção da sociedade. O jornal Lampião da Esquina, tinha seus editoriais fixos que traziam diversas informações e até relatos de leitores, com informações abertas, mudando a visão social e dando oportunidade às minorias.

E foi de toda essa história que surgiu a primeira “Parada gay”, marcada por uma concentração na praça Roosevelt, uma pequena quantidade de pessoas entre militantes e personalidades conhecidas se reuniram para reivindicar seus direitos. Após alguns anos, os organizadores decidiram mudar o local das reuniões, utilizando a Avenida Paulista. Ativistas mandaram solicitações aos órgãos públicos responsáveis e depois de alguns conflitos para a liberação, foi realizada com 2 mil pessoas seguindo até a Praça da República.

Com o passar dos anos, a mídia e a sociedade vêm dando mais oportunidade para público LGBTQIA +, em local de trabalho, família, religião. E traz uma segurança maior aos que estão se descobrindo.
Para a Marcella Althmann que é bissexual e sempre teve esse apoio dos seus familiares, que muitos infelizmente não tem. A Parada deste ano, ficou marcada em sua vida, por estar com o pai no evento apoiando, e dando esperança para muitos jovens que não tem esse retorno familiar. Gabriela Pantojo participa há alguns anos, diz como é bom que as pessoas possam se expressar e falar abertamente sobre o assunto.

Ambas concordam que a Parada Orgulho LGBT+ representa liberdade e força, que ainda não vencemos a batalha por completo, existem muitos preconceitos presentes que com o tempo irão acabar com tanta violência ainda presente, mesmo com leis presentes. Com respeito e amor, as coisas ficarão cada vez melhores.

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