Esportes, histórias e influências

Amor, foco, paciência e humildade são algumas das lições aprendidas do campo ao autódromo

O esporte em suas inúmeras e diversas formas é mundialmente conhecido por unir pessoas, gerações e culturas. Além disso, as modalidades podem ser exploradas em múltiplos aspectos. Esta matéria tem como finalidade investigar vidas marcadas pelo esporte, por amor e vivência.

João Pedro Pinheiro Lima, 18, é estudante de relações internacionais e torcedor fanático do São Paulo Futebol Clube. João Pedro conheceu amigos que vai levar para vida toda por meio do esporte. Essa é uma das fortes marcas que o futebol deixou em sua vida. João, quando criança, era levado pelo seu avô para jogar bola toda terça e quinta-feira. Estas memórias afetivas despertam as lembranças dos bons tempos que os dois passaram juntos. Quanto à sua paixão pelo São Paulo, Lima diz que Rogério Ceni o ensinou uma importante lição para a vida: como é bom fazer aquilo que ama independentemente da situação e é necessário ter determinação para alcançar mais objetivos.

João Pedro e seu avô depois de uma tarde de jogo
João Pedro quando criança assistindo à uma partida no estádio

Vinícius Paulino Lima, 22, é estudante de Publicidade e Propaganda e é atleta universitário. Vinícius sempre foi incentivado pelo seu pai a praticar esportes, treinar futebol era parte da sua rotina. Desde criança, ia a estádios assistir às partidas e ao longo de sua vida foi desenvolvendo novas aptidões. Kids, como é apelidado, pratica esportes quase todos os dias devido aos treinos universitários, o que nas palavras dele, dita seu humor. Além dos treinamentos, ele joga em diversos campeonatos aos finais de semana. Vidrado pela Sociedade Esportiva Palmeiras, a paixão por futebol e esportes continua.

Um conselho que Vinícius daria para quem quer se tornar atleta universitário é ter muito foco no seu objetivo e praticar o máximo possível, pois quanto antes começar, melhor será. Um dos seus ídolos no esporte é o goleiro Marcos Roberto Silveira Reis, pelo foco, pelos intensos treinos, por sempre mostrar que pode ser melhor e por sempre vestir a camisa do time acima de tudo. O impacto que o esporte tem na sua vida é tanto na área da saúde física e mental, quanto na disciplina, além do respeito consigo e ao próximo.

 

Kids é camisa 13 no futebol
Kids é camisa 12 no vôlei

João Carlos Castilho de Andrade, 68, é jornalista esportivo e atual diretor de imprensa da Fórmula 1 do Grand Prix do Brasil. Para Castilho, a importância do esporte começa na infância, tanto para que criança possa estar mais disposta para o dia a dia, quanto para convívio social e em grupo. Uma grande lição que ele aprendeu dentro do mundo do esporte foi a importância da humildade, a qual encontrou em jogadores e automobilistas. Já um momento que o marcou foi a morte de Ayrton Senna, os repórteres agitavam as redações e o mundo ficou entristecido.

Alguns ídolos que ele admirou ao longo de sua vida foram Emerson Fittipaldi e Pelé. Além disso, Castilho contou que Fittipaldi o ensinou a ser mais paciente. Tudo ocorreu quando o jovem jornalista foi esperar o piloto no aeroporto. João Carlos estava ansioso e preocupado para a entrevista – Emerson, simplesmente, chamou-o para comer e disse que explicaria tudo com calma, já que automobilismo é complicado e é necessário paciência. O que o impressionou bastante, pois Fórmula 1 envolve muita adrenalina e o piloto está sempre correndo, mas segundo Castilho de Andrade, Emerson sempre teve esse comportamento curioso, balanceava a histeria com a paciência.

 

Castilho de Andrade em entrevista no Instituto Ayrton Senna

 

Na Argentina com Fittipaldi, da esquerda para a direita, Castilho de Andrade é o primeiro

E por falar em piloto, Felipe Drugovich Roncato, 20, é piloto da Fórmula 2 pela equipe MP Motorsport. Felipe cresceu em um núcleo familiar que sempre esteve interligado com o automobilismo, aos oitos anos testou um kart e foi ali que descobriu sua paixão. Desde pequeno, Drugovich teve como ídolos Niki Lauda e Ayrton Senna, pela força de vontade que ambos sempre tiveram. O piloto contou que foi gradual a percepção de si mesmo como atleta, e que sua carreira começou a engrenar em 2011, quando ele ganhou o Campeonato Brasileiro de Kart. Algumas das lições aprendidas por ele ao longo de sua carreira foram persistência, garra, como se comportar diante de pressão, a importância de ter calma e humildade. Hoje, a inspiração dele na Fórmula 1 é Lewis Hamilton, já que o automobilista da Mercedes sempre busca por perfeição ao entrar na pista.

Uma memória já marcante para Drugovich foi sua vitória no primeiro final de semana da Fórmula 2 de 2020. E quanto a ser o piloto em potencial para ser o novo brasileiro na F1, Felipe se sente muito bem, pois sempre se dedicou a alcançar seu sonho e se sente apoiado pelo povo brasileiro, além de ser um prazer para ele defender seu país nesse esporte. Um conselho que o piloto da F2 daria para crianças que querem chegar onde ele está é nunca desistir dos seus sonhos, por mais árduo que seja o momento, e sempre procurar tirar algo positivo diante de fases difíceis, pois é importante para seu crescimento. O legado que Felipe Drugovich quer deixar é a força de lutar, a capacidade de sair do zero e atingir todos os seus objetivos.

Felipe no último final de semana em Budapest – Dutch Photo Agency
Drugovich em Budapest – Dutch Photo Agency

5 thoughts on “Esportes, histórias e influências

  1. Oi Ana Luiza, li sua matéria e achei ótima. Você é uma jornalista nata. Seu avô ficaria muito orgulhoso ao ver que você está escrevendo tão bem assim e que já publicou uma reportagem. Mas eu digo o que ele diria: vá em frente, pois você terá muito sucesso nessa profissão.
    Com carinho sua vó Adélia

  2. Excelente matéria!!!! O esporte é a dimensão humana que nos remete à força, à determinação, à saúde e à vitória. Todas as mitologias (grega, romana, egípcia, nórdica etc), trazem a silhueta do atleta do biotipo em suas historias, mas como bem coloca a matéria, o esporte extrapola o atleta. Eis aí sua mágica e mérito, a influência positiva na vida do atleta, do fã e do público em geral. Que faz vibrar do mais novo ao mais idoso expectador, tanto em casa como nos estádios em movimentos de “hola” e gritos de alegria ou sufoco. O esporte que nos enche de endorfina e alegria desde sempre, inerente ao ser humano. Parabéns Ana Luiza, sua matéria reconhece o atleta e motiva o ser humano comum ao esporte!!! Ameiiiii.

  3. Pra falar de esporte, realmente não precisa ser esportista, basta procurar saber de suas raízes primeiro, e então destrinchar com palavras tão bem ditas como as suas nessa matéria simplesmente maravilhosa, parabéns!!!!
    Regina

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