A cultura do Cosplay no Brasil
Quando pensamos em fantasias e personagens no Brasil, a primeira memória que nos vem a cabeça é o Carnaval. Mas, existe um mundo que vêm ganhando espaço há um tempo em grandes eventos: o Cosplay.
Nascida no Japão, essa cultura já está no Brasil desde 1997. O que a torna interessante? É ser um personagem, seja ele de animes, filmes, animações, vídeo-games, séries ou até quadrinhos, por algumas horas. O Cosplay deriva do termo japonês Kosupure, abreviação junto do sotaque nipônico do termo em inglês Costume Roleplay. Ou seja, representar um personagem ou figura, utilizando fantasias.
Grandes eventos permitem visibilidade e credibilidade para aqueles que se aventuram em um novo mundo. O maior evento de cultura pop da América Latina, aconteceu na última semana entre os dias 6 e 9 de dezembro. A CCXP 2018 (Comic Com Experience) manteve a tradição em receber milhares de cosplayers que são parte do evento e marca registrada do festival.
Manter essa cultura no Brasil não é algo fácil. Giovanna Bellagente, 22, faz parte desse grupo há 10 anos e ressalta isso: “Antigamente, isso era ‘mal visto’. Muitos ainda acham Cosplay estranho e, por conta disso, a gente acostumou a se esconder e esconder o hobby dos outros. Com a popularização geek e otaku nos eventos, os brasileiros começaram a compreender um pouco mais. Muitos deixam de ter vergonha e querem fazer parte desse universo também”.
Giovanna é uma das pessoas que tem amor por ser alguém diferente por algumas horas. “Me sinto livre. No momento que coloco a peruca e a lente sou alguém diferente do meu cotidiano. Adoro poder conversar, conhecer novas pessoas nesses eventos”, conta.
O Cosplay abusa da criatividade e do talento das pessoas para confeccionar e montar seus personagens. A visibilidade está no caminho para o fim do preconceito e do julgamento. Aguarde 2019 para a próxima CCXP, Anime Friends ou outro evento nerd ou de cultura pop para se aventurar em um mundo novo.
Foto: Reprodução
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