A crueldade animal por trás da indústria de beleza

A luta pelo fim dos testes em animais na produção de cosméticos

Em 2021, a Humane Society International (HSI) promoveu a ação “Salve o Ralph”. Foi um curta, onde Ralph contava sua rotina de cobaia em laboratório, neste vídeo a HSI tentou conscientizar o mundo sobre os maus tratos que os animais usados como cobaias para a produção de produtos sofrem. No curta, Ralph diz “Eu tô cego no olho direito e essa orelha não consigo ouvir nada a não ser zumbido. Meu pelo já foi raspado, tenho queimadura química nas costas”.

Ainda em tempo de quarentena, por causa da pandemia da COVID-19, a campanha parou as redes sociais e chamou a atenção de muitas pessoas que nunca tinham pensado sobre o assunto. Ela gerou uma grande comoção e a sociedade começou a rever seus hábitos e procurar marcas e produtos que não fossem coniventes com a crueldade aos animais.

Diversas marcas acreditam que não usar bichos em seus testes não interfere na segurança dos produtos, pois a indústria tem várias outras maneiras de garantir a segurança de seus cosméticos.

Mais de 40 países proibiram totalmente a realização de testes em animais, incluindo a Austrália, México, União Europeia, Coreia do Sul, Índia e Nova Zelândia.

Para saber se uma marca é Cruelty free, que significa que não testa em animais, a Organização não governamental PETA (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais) disponibiliza em seu site e em seu aplicativo chamado “Bunny free” a lista de marcas que são veganas (produtos que não contêm ingrediente de origem animal) e não realizam testes em animais durante sua fabricação. O PEA (Projeto Esperança Animal) também disponibiliza em seu site as marcas nacionais que compactuam com essa causa.

Além disso, é possível saber se a marca não realiza os testes em bichos a partir de seu rótulo. Quando o produto tem algum desses selos, quer dizer que ele é livre de crueldade animal.

Embora a legislação brasileira não proíba os testes em animais, oito estados brasileiros já proibiram essa prática em determinadas indústrias. São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, e Pernambuco e, também, o Distrito Federal.

Em 2021, entrou em vigor a lei que proíbe testes em animais para produtos de limpeza, de higiene pessoal, perfumes e produtos cosméticos no estado do Rio de Janeiro.

Marcas Cruelty free (sem crueldade) acabam criando uma relação com o seu consumidor, porque muitos criam uma fidelidade com os produtos que sabem que não vem de abusos à vida e a integridade dos animais.

1 thought on “A crueldade animal por trás da indústria de beleza

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *