Entre o penta e o sonho

Arte: Edward Pepe e Gabriel Gomes

Na última segunda-feira, 14, o Brasil parou para a assistir o técnico da seleção brasileira, Tite, anunciar os 23 jogadores que levará para a Rússia no próximo mês. 4 copas atrás, na Coreia do Sul e Japão, em 2002, o time canarinho se consagrava pentacampeão, depois de muita desconfiança e algumas polêmicas no período pré-Copa. Troca de técnicos, lesões, desconfiança, ausências. Em que a seleção de 2002 se compara à de 2018?

Troca de técnicos

Durante a preparação para o mundial de 2002, a seleção trocou de técnico três vezes. Vanderlei Luxemburgo assumiu em 1999, porém após polêmicas e maus resultados, o técnico foi demitido. Seu sucessor, Emerson Leão, também não durou muito tempo e foi substituído por Luiz Felipe Scolari. Já após a Copa de 2014, a CBF escolheu Dunga, técnico bastante contestado por seu trabalho em 2010. Resultados ruins e mal desempenho nas eliminatórias provocaram a demissão do tetracampeão.

 Lesões de jogadores importantes

Titulares absolutos, Emerson (2002) e Daniel Alves (2018) foram cortados às vésperas do torneio. O primeiro, volante do time de Felipão, sofreu uma luxação do ombro num treino da seleção. Já o segundo, lateral direito, teve um estiramento do ligamento cruzado anterior durante um jogo do seu time, PSG, no campeonato francês.

Desconfiança sobre os craques

Ronaldo, atacante do penta, era considerado o principal jogador do time. No entanto, em 2000 se lesionou durante um jogo e ficou mais de um ano em recuperação. Na época, haviam dúvidas sobre o desempenho de Ronaldo, mas ele se recuperou e foi artilheiro da competição. 3 meses antes da Copa de 2018, Neymar, craque do time, ficou parado por conta de uma lesão. O bom desempenho dele é dúvida para muitos brasileiros.

Vexame nos torneios anteriores

Na Copa anterior a 2002, a da França em 1998, o Brasil foi a final, mas levou 3×0 da equipe anfitriã e saiu como vice-campeão. Já em 2014, no Brasil, a seleção brasileira foi goleada pela Alemanha por 7×1.

Ausências

O atacante Romário, melhor do mundo em 1994, era implorado pelos torcedores brasileiros na lista de convocados para o torneio coreano/japonês. Entretanto, o apelo nacional e até um mandato de segurança não surtiram efeito e o “baixinho” ficou no Brasil. Já em 2018, os jogadores Arthur, volante do Grêmio e apalavrado pelo Barcelona, e Luan, eleito melhor jogador da última Libertadores, foram preteridos por Tite apesar de seu excelente desempenho recente.

Craques

Neymar, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho são três dos principais jogares brasileiros da seleção atual, porém apenas Neymar tem status de grande estrela. Em 2002, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho eram as estrelas do time e os dois primeiros já haviam sido escolhidos melhores jogadores do mundo – Rivaldo em 1999 e Ronaldo em 1996 e 1997.

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