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Google Station chega ao Brasil para melhorar o acesso à internet

O Brasil ocupa atualmente a 50º posição no ranking de internet 4G, de acordo com um levantamento feito em 87 países, pela consultoria OpenSignal, sobre a qualidade de internet oferecida pelos países para a população.

Diante desse cenário, o Google desenvolveu um projeto que distribui wi-fi gratuito e seguro em locais públicos, denominado Google Station. O programa visa criar uma rede mais inclusiva, com pontos de acesso a conexões de alta qualidade em países emergentes.

Desde seu lançamento, em 2016, na Índia, o Google Station já está presente em mais de 7 países, entre eles o Vietnã, a Nigéria e o Brasil. O programa é implementado nos países em parcerias com outras empresas, como a CBN.  No caso do Brasil, a America Net e a Linktel participam como parceiros e o Itaú como patrocinador.

A fim do projeto ser utilizado gratuitamente, o programa tem por lema: “Seja um provedor parceiro”, pois permite que os associados disponibilizem o acesso e obtenham receita através da exibição de anúncios na página de login. Para Duilio Felix, 26, diretor de tecnologia da SoftWrap, formado em ciências da computação pela USP, o Google só tem a ganhar com esse programa. “Para eles quanto mais pessoas estiverem conectadas, maior será o alcance de pessoas utilizando a rede do Google”, explica.

Já para o Técnico de TI, Leonardo Victor de Oliveira, 24, o Google Station traz consigo pontos positivos e negativos. “Do ponto de vista tecnológico, sensacional, mas do aspecto humano, é um motivo a mais para não olhar na cara das pessoas na rua”, afirma.

O programa foi disponibilizado em São Paulo neste mês e já pode ser utilizado em 80 pontos de acesso como praças, parques e estações da CPTM. Dentre eles estão os parques do Ibirapuera e Chico Mendes, no Largo da Concórdia, na Praça Silva Teles, além das estações Barra Funda e Pinheiros do Metrô.

Para se conectar, o usuário deve selecionar a rede Google Station no smartphone, e seguir o passo a passo para o acesso. O Google ainda promete expandir o acesso ao Google Station para outros lugares do país até 2020.

Duilio explica que ao propagar a conexão e alcançar locais onde a qualidade da internet não é boa ou é escassa, como periferias e lugares isolados, o Google passa a coletar novas informações de cada usuário e, consequentemente, passa a reconhecer cada vez mais seu público. “Os dados que o Google vai obter sobre os usuários, como quem a está usando (internet) e o porquê, são valiosos, afinal, informação é lucro” conclui.