Resenha do livro: Os sete maridos de Evelyn Hugo

Porque eles são só maridos. A Evelyn Hugo sou eu

A escritora norte-americana Taylor Jenkins Reid, nascida em 20 de dezembro de 1983, começou a carreira promissora enquanto trabalhava em uma escola de ensino médio, até conseguir um contrato de publicação. Seu primeiro livro, “Para Sempre Interrompido”, foi publicado em 2013 e atualmente, a escritora vive em Los Angeles, nos Estados Unidos, com o marido e a filha do casal.

Em 2017, Taylor lançou a obra fictícia “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, supostamente inspirada na vida da ilustre artista americana Marilyn Monroe. O Best-Seller narra, entre o presente e passado, a história da maior e mais famosa atriz de Hollywood, Evelyn Hugo.

Aos 80 anos e já bastante debilitada, Evelyn contrata Monique Grant, uma brilhante porém subestimada jornalista, para fazer um livro sobre a sua vida, entretanto, somente publicá-lo após a sua morte. A trama então é contada por meio de entrevistas entre a protagonista e a jornalista, logo, os capítulos iniciais são narrados sob a perspectiva de Monique que se vê mais instigada e completamente surpreendida pelos mistérios e pela vida eufórica, no entanto, nefasta de Evelyn.

A autora leva o leitor a questionar-se: Quem realmente é Evelyn Hugo? Por que ela escolheu Monique para entrevistá-la? Quais são os segredos que a atriz esconde? Assim, Evelyn é descrita como uma mulher voluptuosa, brilhante e única.

Seu primeiro marido, Ernie Diaz, enxerga o potencial artístico da garota de apenas 14 anos e leva-a de sua vida miserável para a luminosa e em ascensão Hollywood. Após o monótono relacionamento, Hugo se apaixona por Don Adler, um bonito e bem sucedido ator, durante o período do casamento, a protagonista se encanta e se apaixona por Célia St. James, uma das atrizes mais queridas nos anos 1950. Entretanto, o romance das duas não poderia ser exposto de forma alguma, sendo assim, Evelyn se casa com Mick Riva para abafar os rumores.

No decorrer da obra, o relacionamento de Evelyn e Célia enfrenta inúmeras turbulências e desentendimentos, por isso, Hugo casa-se pela quarta vez com Rex North, tanto para evitar rumores sobre sua orientação sexual quanto para enfrentar o Etarismo de Hollywood em relação às mulheres. Fadado ao insucesso, os dois se separam e Evelyn se vê diante da única solução que abafaria todos os burburinhos: casar-se com seu melhor amigo, Henry Cameron, que é homossexual e apaixonado por John, marido de Célia. Sendo assim, os quatro vivem uma vida de aparências, todavia, felizes e apaixonados entre as quatro paredes.

Futuramente, Evelyn se casa com Max Girard, um famoso produtor de cinema. Após a separação dos dois, ela por fim, casa-se com seu sétimo e último marido, Robert Jamison, o irmão de Célia, que possibilita que as duas vivam o amor.
No presente, a radiante artista de Hollywood se vê idosa e sozinha no mundo, dessa forma, decide abrir seu coração e contar ao mundo quem era de verdade e quem foi realmente o grande amor de sua vida.

Logo, a narrativa instigante e envolvente de Taylor Jenkins Reid, faz com que o leitor não queira parar de ler, e ao final, deseja que tenha lido mais devagar. Também faz com que quem está lendo, se questione ao final do livro se Evelyn Hugo é apenas uma personagem fictícia ou se ela realmente existiu. Taylor foi capaz de relatar inúmeros assuntos delicados, como homofobia e violência doméstica, de maneira humana e de certa forma crítica. A autora criou personagens verdadeiros, com inúmeros defeitos mas também qualidades, e utilizou de citações marcantes para fazer o leitor refletir, como no trecho: “Quando surge uma oportunidade para mudar sua vida, esteja pronta para fazer o que for preciso. O mundo não dá nada de graça para ninguém, só tira de você”. Por isso, a leitura da obra é impactante e sem igual.

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