Tarde de verão

Nós caminhávamos pela areia e a água batia em nossos pés. O mar estava morno e calmo. O sol ardia em nossas costas. O Rio de Janeiro estava lindo. Faz muito tempo que passo todas as minhas férias de verão com meus primos. Acho que chega a ser uma tradição nossa, sair do interior do estado do Rio e ir para a capital para aproveitar os dias de descanso.

De manhã acordamos cedo, tomamos café no hotel e depois fomos jogar vôlei, bebemos água de coco e mergulhamos no mar. Esta é minha parte favorita sobre as férias, poder estar com meus primos, porque são como irmãos para mim. Essas viagens são verdadeiros momentos felizes, pois podemos nos reunir e nos divertir e desfrutar de algo que nos permita realmente ser feliz.

Depois de comermos uma porção de camarão ficamos sentados na areia e começamos a conversar. Refletimos sobre a vida, sobre nossas futuras idas à praia, se continuaremos com nossa tradição ou se algum dia iremos desistir da companhia um do outro. Meu primo Léo, entrou em outra reflexão, sobre como o mundo pode mudar e talvez nossa tradição seja mudada por empecilhos que não dependem de nós.

Pensamos sobre nós mesmos. E se em dez anos algum de nós não estivesse mais ali? E se o mundo estiver diferente do que costumamos conhecer? É estranho como realmente tudo de repente pode deixar de ser, as pessoas podem não estar mais aqui e talvez o que tomamos como realidade, no futuro seja apenas parte de uma longa e distante memória.

No horizonte, o céu tinha um azul perfeito. Eu olhei para eles e sorri. O que fosse acontecer dali em diante, ninguém sabia. De qualquer modo, eu preferia estar no presente com eles, com meus primos, pois vivo a felicidade de poder estar com quem eu amo. A praia parecia ainda mais ensolarada e o Rio de Janeiro tinha ficado mais bonito. Interrompemos a reflexão ansiosa e corremos para o mar, sentimos a água morna e voltamos a jogar vôlei.

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