Carta aberta ao dia do amor

Abro a porta. Chego em casa por voltas das 20h, e depois de um dia cansativo só me permito ligar a televisão. Me esforço para alcançar o controle, a mesinha de centro com ele parecia tão perto do sofá…

Todos os canais falam sobre o mesmo tema em seus programas rotineiros marcados pelo clichê: o Amor. Tinha me esquecido do dia 12 de junho, a data comercial do encontro entre duas almas. Talvez tenha me esquecido por conta do dia 12, não é um número fácil de guardar, ou talvez tenha me esquecido do próprio amor.

Sentado em frente à televisão, busco um filme no Netflix, a tarefa mais difícil do meu dia, mais difícil do que não deixar o pão da padaria do seu Manoel queimar. Dez minutos, quinze minutos, trinta minutos…play.

Parando para pensar, preciso de um amor maior na minha vida.  Muitas das vezes meu coração parece um Titanic de emoções, vai ver a culpa é das estrelas. Mas que estrelas são essas?

Encontrar um amor pode ser questão de tempo, mas quando ele surge como um cometa perdido na galáxia da vida, simplesmente acontece.  Acredito que sempre sonhei em ter um amor para recordar, daqueles que a gente assiste em filme, sabe?

Mas sempre existe o lado bom da vida, de não ter que se preocupar com algo que envolva mais de uma pessoa, mais de uma vida. Preciso dar o melhor de mim. Me perdi no meu próprio devaneio. Não quero que pareça um diário de uma paixão inexistente. Hoje, eu quero voltar sozinho, para ter a certeza disso que ainda não vivi.

Com amor, Simon

 Ps: Eu te amo querida estrela, que um dia poderá compartilhar o que muitos chamam de amor, e eu chamo de grande descoberta da Lua.