Coronavírus: Saiba mais sobre a epidemia

O fim de 2019 foi marcado pela aparição do novo Coronavírus na China. O vírus está assustando a população mundial pelo grande número de contaminados, agora que o vírus atingiu mais de 100 nações. Recentemente, o Covid-19 chegou ao Brasil, aterrorizando os habitantes do país do futebol. De vinte e cinco casos, até agora, confirmados, dezesseis foram na capital paulista.

Na matéria de hoje, conversamos com o médico infectologista Anselmo Ribeiro e o médico clínico Sergio Di Rienzo, que nos informaram mais sobre a epidemia.  

Vem com a gente responder algumas perguntas frequentes sobre o Coronavírus. 

 

O quão perigosa é essa doença sendo comparada a Peste Negra e Ebola?

A doença causada pelo Covid-19 é muito menos perigosa que a Peste Negra e a Ebola. A Ebola tem uma letalidade em média de 50%, enquanto a Peste Negra matou entre 75 a 200 milhões de pessoas na EuroAsia. O Corona tem uma alta infectividade mas pouca letalidade, algo em torno de 2%.

 

Por que a população está surtando se a letalidade da doença é baixa?

Foi uma junção de fatores. A doença tem uma alta infectividade, logo, surgiram muitos casos em um curto período de tempo, principalmente na China. Além disso, por ser um novo e pouco conhecido Coronavírus houve um alarde pela imprensa, que determinou essa reação do público.

 

Por que o números de contaminados é tão elevado?

O número de contaminados é alto pois o vírus possui alta infectividade e baixa letalidade. 

 

Nesta última semana foi relatado o caso de uma mulher infectada com o vírus pela segunda vez. Isso é possível?

Na verdade, ela não foi infectada pela segunda vez, ela permaneceu com o vírus de forma menos virulenta no organismo, porém, pode acontecer com algumas pessoas.

 

Como o vírus é transmitido para outras pessoas?

A transmissão do vírus se dá, principalmente por secreções e gotículas produzidas pelas vias respiratórias.

 

Qual é a maior maneira de prevenção?

A maior maneira de prevenção é a higiene, principalmente para espirrar e tossir em público. Evitar aglomerados em locais fechados e fazer assepsia das mãos com álcool em gel é a forma mais eficaz.

 

O clima no Brasil pode ajudar a combater o Covid-19?

Só o tempo dirá, mas acredita-se que o clima mais quente seja desfavorável ao vírus, até porque no calor há menos aglomerado de pessoas.

 

Quais cuidados devo tomar nos lugares públicos?

Evitar contato com pessoas tossindo ou espirrando, ou um contato de no mínimo 2 metros, além de higienizar as mãos e proteger as áreas do nariz, boca e olhos.

 

Devo usar máscaras para me proteger?

A máscara não protege, apenas evita a propagação de quem está infectado.

 

Quanto tempo o vírus vive fora do hospedeiro?

Estudos avaliados pela OMS apontam que o vírus pode persistir nas superfícies por algumas horas ou, até mesmo, dias. Isto depende das condições do local, além do clima e umidade do ambiente

 

Qual o tempo estimado para começar a diminuir os casos?

A tendência aqui no Brasil é de aumento, porque estamos nos aproximando do outono e inverno, época do ano em que resfriados e gripes são mais comuns.

 

Qual a taxa de mortalidade do vírus? 

A taxa de mortalidade é cerca de 2%, caindo para menos de 1% para os grupos que não são de risco (semelhante aos níveis do H1N1). 

 

O vírus é perigoso?

Para os grupos de risco, idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas e imunodeprimidos, sim.

 

O vírus atinge mais crianças ou idosos?

O vírus atinge mais idosos e imunodeprimidos, que são pessoas com a imunidade baixa.

 

Quais são os sintomas?

Os sintomas são os de uma gripe: coriza, tosse, febre, dor de garganta.

 

Tem algum medicamento que previne ou cura o coronavírus?

Não, mas há medicamentos que estão sendo apontados para tratamento, que são os anti-retrovirais e a quinolona, que é um remédio usado para tratar malária, reumatismo e alguns outros.

 

Pessoas sem sintomas mas já infectadas com o vírus podem transmitir a doença?

Sim podem, mesmo sendo mais difícil. Pessoas saudáveis e com boa imunidade podem apresentar mínimos ou nenhum sintoma e estarem infectadas.