O consumo de café entre as gerações

A Geração X, os Millennials e a Geração Z carregam formas diferentes de consumir e incluir o café como hábito dentro de suas rotinas

Conhecido por todos os brasileiros como fonte de energia, o café faz parte do dia a dia e, principalmente, das manhãs de muitos ao redor do país. Apesar da bebida ter virado tradição para várias pessoas na parte da manhã, alguns também a adaptam para o acompanhamento em diversos períodos do dia. Por estes e outros motivos, durante os anos, o café foi modificado e remodelado para caber ao paladar daqueles que o bebem.

Sérgio Mitsuhiro Arita, 51, dono de uma empresa terceirizada de automação, descreve que seu costume de tomar café foi potencializado por seu hábito de fumar, mas que já apreciava a bebida desde criança por conta dos pais e de sua infância num sítio. Sérgio bebe de três a cinco xícaras de café e comenta um pouco sobre a diferença perceptível entre as formas de consumir a bebida: “Eu percebo que os jovens, hoje em dia, tomam café por ser um hábito geral e os adultos, os mais velhos principalmente, gostam de apreciar mais o café e ir em cafeterias”.

A maioria dos jovens tende a cair no costume de tomar café por seus benefícios momentâneos causados pela cafeína. Apesar disso, Leonardo Medina, 20, estudante de artes visuais, parece ser um ponto fora da curva. Leonardo toma café pelo simples e puro fato de apreciar a bebida passada como tradição por sua família e responde que o consumo é um “hábito e prazer ao paladar, do qual descende gerações em minha família desde meu bisavô dono de cafezal”. Além de apreciar o líquido originado do grão tostado “puro e coado em pano, ao decorrer do dia e sem hora marcada”. Quando passamos para a reflexão central da matéria, a diferença do consumo da bebida entre gerações mais novas e mais velhas, ele responde: “Percebo que a apreciação do café é muito menos valorizada pelo consumo mais jovem, talvez por anseio que tanto afeta consumidores de vivência desenfreada ou até distrações cotidianas”.

Apesar dos consumidores de café apresentarem pontos de vistas semelhantes ao assunto, Wilson Ribeiro, 53, dono do Espaço LER, uma cafeteria, livraria e local de coworking em Mogi das Cruzes, comenta que mesmo que o jovem ainda identifique o café como uma bebida de adulto – “um rito de passagem” – eles são o público mais aberto a novos métodos. Por exemplo, Wilson explica que o principal foco da cafeteria é aproximar o público dos cafés especiais, e mesmo que o expresso seja o pedido mais comum, eles estão conseguindo influenciar os consumidores a experimentarem outros tipos de extrações do grão.

Seja por métodos mais tradicionais ou por grãos de cultivo especial e de torra específica, o café ainda continuará sendo a principal bebida consumida pelo brasileiro. A tradição que faz quase parte do manual de como pertencer ao Brasil é muito adaptável, por isso, ela irá continuar se remodelando e conquistando novos apreciadores e consumidores ao redor do globo.

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